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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Aché se prepara para lançamento de ações
O Aché Laboratórios, segunda maior farmacêutica brasileira em participação de mercado,
retomou seus planos de abertura de capital. Em 2007, em
meio ao boom de IPOs (Ofertas
Públicas Iniciais, na sigla em
inglês), a empresa já anunciava
que tinha planos de fazer o seu
lançamento inicial de ações.
Naquele ano, os controladores do laboratório chegaram a
começar a separar os ativos não
farmacêuticos com o objetivo
de preparar a companhia para a
abertura. Os ativos agrícolas foram retirados da estrutura societária da farmacêutica, controlada pelas famílias Siaulys,
Baptista e Depieri. Esse processo já foi concluído.
Mas o projeto de IPO foi suspenso em 2008 com a chegada
da crise financeira internacional e agora está sendo resgatado. O registro para a abertura
de capital ainda não foi pedido
na CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) pela Aché. A empresa informa que a oferta de
ações ainda não tem uma data
prevista.
A companhia deverá encerrar 2009 com um total de vendas brutas próximo a R$ 2 bilhões. Os números do ano passado ainda não foram fechados
pela empresa. O faturamento
bruto da Aché Laboratórios em
2008 ficou em aproximadamente R$ 1,9 bilhão.
As operações de abertura de
capital na Bolsa se aqueceram
em 2007, quando a Bovespa registrou 64 novos papéis. Em
2008 e 2009, os processos estacionaram com apenas quatro e
seis IPOs em cada ano, respectivamente.
O mercado deve crescer novamente em 2010, de acordo
com especialistas. Neste ano,
em menos de um mês, as empresas Aliansce Shopping Centers e Multiplus anunciaram
suas aberturas de capital.
Indústria do cobre registra deficit em 2009
Termômetro da economia,
que fornece produtos para os
setores da construção civil,
automobilístico, eletrônico e
outros, a indústria do cobre
continua pessimista em
2010, segundo o Sindicel.
Abalada por crise e queda
na demanda internacional, a
indústria brasileira do cobre
fechou novembro com deficit de US$ 156,3 milhões na
balança comercial. A previsão é que alcance US$ 165
milhões em dezembro.
"Houve um recuo de 15%
nas atividades do setor em
2009. Em 2010, teremos dificuldade em elevar os preços
dos produtos, que hoje estão
10% abaixo do patamar necessário para ter margens
que gerem capital para investimento. Os clientes se
habituaram ao atual nível de
preços", diz Sérgio Aredes,
presidente do Sindicel.
"Fazemos material de acabamento, que só entra depois de levantadas as paredes. Se a construção retoma
em nível forte, temos que esperar até o fim do ano para
aproveitar", diz.
NOVOS VOOS
A menos de um mês do
fim da quarentena que teve
de cumprir após deixar a
presidência da TAM, em outubro do ano passado, David
Barioni Neto se diz dividido
entre duas áreas: a de logística e infraestrutura e a de
prestação de serviços, duas
faces do seu posto anterior.
"São minhas especialidades.
Ambas têm grande potencial de crescimento no Brasil." O executivo decide seu
destino nos próximos dias.
CORTE, COSTURA E NEGÓCIOS
Amir Slama, que deixou a grife Rosa Chá no ano passado e
vai lançar em maio uma marca que leva seu nome, recebeu,
no início desta semana, em São Paulo, o empresário Boris
Provost, diretor de comunicação do WSS Developpement,
grupo francês proprietário dos salões de confecção e acessórios de moda Who's Next. Provost veio ao país para negociar
parcerias com estilistas brasileiros. "A ideia é trazer estilistas franceses para exporem aqui e ampliar a presença de
brasileiros lá", afirma Slama, que é curador do salão Casamoda, de negócios do setor. O estilista se prepara para inaugurar, ainda neste ano, três lojas da sua nova grife Amir Slama, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Nova York.
GARIMPO 1
A Arisp (associação dos
registradores imobiliários)
contratou Norma Cianflone
Cassares, professora da USP
e especialista em restauração de documentos em papel, para fazer uma "recuperação de água" na documentação dos cartórios de São
Luiz do Paraitinga.
GARIMPO 2
A entidade está investindo
cerca de R$ 250 mil nesse
processo de recuperação,
que abrange mais de 3.000
documentos de registros de
compra e venda de imóveis.
É um resgate histórico, pois
há livros com registros de
transações imobiliárias dos
séculos 18 e 19.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e DENYSE GODOY
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