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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Brasileiras perdem contrato para chinesas
Desonerações tributárias para equipamentos importados
prejudicaram a indústria nacional de máquinas, segundo a
Abimaq (associação que reúne
os fabricantes).
Em dezembro passado, o governo editou a medida provisória nº 472, que reduziu encargos de produtos importados
para a indústria petrolífera nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Três empresas associadas à
entidade participaram da concorrência para fornecer descarregador de barcaça para a Companhia Docas de Sergipe, mas
perderam a compra porque não
conseguiram igualar o preço ao
de outra companhia, segundo a
Abimaq. A empresa vendia o
produto fabricado na China por
um preço que era aproximadamente 30% menor, segundo
Luiz Aubert Neto, presidente
da associação.
O contrato era de cerca de
R$ 10 milhões.
Aubert Neto diz que fabricantes nacionais, apesar de terem capacidade de produção,
enfrentarão problemas para
oferecer equipamentos para
novas plantas.
"A indústria brasileira tem
condições de oferecer cerca de
80% das máquinas e equipamentos que serão demandadas
nessas refinarias", afirma.
"Nosso único problema é
[igualar] preço", confirma Walter Lapietra, empresário do setor, ligado à Abimaq.
A Petrobras, por meio da sua
assessoria de imprensa, informa que inclui em seus contratos de grandes equipamentos e
projetos, como refinarias, navios, sondas de perfuração e
plataformas, no mínimo, 65%
de conteúdo nacional.
Já estão em andamento as licitações para a refinaria de Pernambuco e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
A indústria brasileira
tem condições de
oferecer cerca de 80%
das máquinas e
equipamentos que
serão demandadas
nessas refinarias
LUIZ AUBERT NETO
presidente da Abimaq
Direito GV é tema de livro
A Direito GV acaba de lançar um livro comemorativo
dos dez anos da criação da
escola. A obra "Construção
de um Sonho" (editora FGV,
430 págs.), do vice-diretor
Antonio Angarita (coordenação), relata a história da
faculdade, cujo projeto começou em 1999.
Entre as qualidades que
distinguem a faculdade, o diretor Ary Oswaldo Mattos
Filho destaca a exigência de
tempo integral para professores e alunos.
Docentes que trabalham
em escritórios de advocacia
dão apenas oficinas.
A possibilidade de estudantes fazerem um semestre
em faculdades no exterior e a
metodologia de ensino empregada, com maior participação do aluno, são outras iniciativas bem-sucedidas, segundo Mattos Filho.
E o que é preciso para ser
um bom advogado?
"Ter conhecimentos adequados à realidade brasileira;
ser propositivo e aprender a
linguagem, não apenas a do
direito. O aluno vai trabalhar
com outros profissionais [de
áreas diferentes da sua]", diz.
DE CASA NOVA
A Loducca.MPM, agência que resultou da fusão entre as
marcas Loducca e MPM, do Grupo ABC, começou a operar
oficialmente após o Carnaval, em nova sede em São Paulo.
A união das duas agências de perfis diferentes não gerou
conflitos culturais, segundo o publicitário Celso Loducca.
"São complementares. A MPM tem visão mais institucional, a Loducca, mais de consumo", diz. Para a integração
entre as equipes, foram demitidos 30 funcionários e contratados outros dez. "Otimizamos o trabalho e juntamos
departamentos. Já conseguimos fundir toda a parte de TI
e a inteligência." A antiga Loducca possuía 11 clientes, a
atual agência tem 21. A expectativa é que a agência feche
2010 com quase R$ 1 bilhão em compra de mídia.
COELHO DA PÁSCOA
As indústrias de chocolates inovam e apostam em
produtos de Páscoa diferenciados neste ano. As novidades vão de ovos com brinquedos a ovos recheados.
SURPRESAS
A Village investiu em produtos com brinquedos dentro dos ovos de Páscoa. "O
maior mercado é o do público infantil e adolescente. Está sempre crescendo", disse
Reinaldo Bertagnon, diretor
de vendas da Village.
MAIS CACAU
A Kopenhagen irá colocar
nas prateleiras desta Páscoa
chocolates com alto teor de
substâncias antioxidantes.
"A tendência é ovos com
maior concentração de cacau", diz Renata Vichi, vice-presidente do grupo CRM.
RECHEADOS
A Cacau Show vai investir
neste ano nos produtos "premium". "Vamos apostar nos
ovos recheados", disse Stefenson Soalheiro, executivo
da empresa.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VERENA FORNETTI
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