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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Queda da safra
A quebra na safra de café na área da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca) será de 61% neste ano em relação ao anterior. A produção total nas 13 cidades de atuação da cooperativa, que inclui municípios dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, cairá para 533 mil sacas beneficiadas, contra 1,37 milhão na safra 2002/3.

Área de café
O levantamento da Cocapec foi feito nos meses de dezembro e de janeiro, após a florada. Em abril e maio deverá ser feito outro levantamento. Pelos dados da Cocapec, a área destinada ao café nesses municípios é de 43,1 mil hectares.

Causas da queda
A Cocapec inclui entre as principais causas da queda a bianualidade do produto -alternância de ciclo de baixa e de alta produtividade. O atraso das chuvas e as altas temperaturas também prejudicaram as lavouras, que foram influenciadas, ainda, pela redução da adubação dos cafezais.

Banespa no crédito
O Banespa teve participação de 27% em todas as operações de crédito agrícola em São Paulo feitas com recursos próprios dos bancos. Os setores de bovinos (23%) e de milho (16%) receberam os maiores volumes de financiamento.


Volume maior
O Banespa liberou R$ 980 milhões de crédito no ano passado, incluindo os repasses do BNDES. Os recursos próprios somaram R$ 811 milhões, com aumento de 6,9% sobre 2001. O banco é líder no fornecimento de crédito à agricultura entre os bancos privados.

Definições no trigo
Produtores, cooperativas, moinhos e governo se reúnem hoje em Curitiba para definir estratégias de incentivo à produção e à comercialização de trigo. Segundo o mercado, essas definições têm de vir rapidamente porque o plantio começa em abril.

Preço mínimo
A sugestão do mercado é de preço mínimo de pelo menos R$ 400 por tonelada. No ano passado foi de R$ 300, mas os produtores conseguiram até R$ 36 por saca no mercado. Na avaliação do mercado, os preços do trigo deverão ficar próximos de R$ 27 neste ano.

Instrumentos
O mercado espera várias políticas de incentivo do governo. Entre elas, os contratos de opções para produtores e EGF (Empréstimo do Governo Federal) estendido para moinhos e empresas do setor. Esses mecanismos permitirão uma melhor administração das vendas por parte dos produtores.

Custos
Os custos dos produtores paranaenses deverão ser de R$ 1.700 a R$ 2.000 por alqueire. Seriam necessárias de 60 a 70 sacas para cobrir esse custo. Se tudo correr bem na safra, a produção poderá chegar a 120 sacas por alqueire. A média histórica, no entanto, é inferior a 100 sacas.

Preços no exterior
O mercado de commodities agrícolas teve pouca alteração ontem em Chicago. A soja subiu 0,7%. Já em Nova York, o café esteve mais movimentado, com alta de 2,62% no primeiro contrato.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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