São Paulo, terça-feira, 21 de março de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Fala do presidente do BC dos EUA causa expectativa; negócio com American Express atrai comprador da moeda

Discurso do Fed e Bradesco pressionam dólar

REPORTAGEM LOCAL

Os negócios no mercado cambial ontem terminaram com o dólar pressionado. Em dia de baixo volume de operações, o dólar fechou vendido a R$ 2,151, em alta de 1,18%.
A moeda norte-americana chegou a recuar no começo dos negócios, quando foi vendida a R$ 2,118 (baixa de 0,38%). Mas alterou seu rumo durante o dia.
A espera pelo discurso do presidente do Fed (o BC dos EUA), Ben Bernanke, feito após o fechamento do mercado, favoreceu a valorização do dólar. A expectativa ante a possibilidade de Bernanke dar sinais sobre o futuro da política monetária dos EUA (leia à pág. B11) levou o dólar a se apreciar diante de diferentes moedas.
O anúncio da conclusão do negócio de US$ 490 milhões envolvendo o Bradesco e a American Express (leia à pág. B4) também trouxe certa pressão -e compradores- ao mercado de câmbio.
Além disso, o mercado tem trabalhado em clima desconfortável devido às denúncias que evolvem o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.
Com o mercado de câmbio sob pressão, as taxas futuras de juros acabaram por subir um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
O dólar barato favorece o processo futuro de redução da taxa básica de juros. Assim, se o dólar começar a subir muito, o espaço para os juros básicos caírem acaba sendo reduzido.
No contrato DI -que mostra as projeções futuras para os juros- com resgate em janeiro de 2008, um dos mais negociados, a taxa paga subiu de 14,45% para 14,53% anuais.

Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou valorização de 0,41% ontem. Durante o pregão, a Bovespa marcou, em seu melhor momento, ganho de 1,19%.
O giro financeiro no pregão de ontem foi forte. Foram movimentados R$ 2,72 bilhões -dos quais R$ 730 milhões com o exercício de opções sobre ações.
A volta para a Bolsa doméstica de parte do capital externo que saiu no começo do mês tem ajudado o mercado acionário a subir.
Até o dia 10, o saldo mensal das compras e vendas feitas por investidores estrangeiros estava negativo em R$ 1,04 bilhão. No dia 16, esse balanço ainda era negativo, mas em R$ 855,2 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)


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