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MERCADO FINANCEIRO
Fala do presidente do BC dos EUA causa expectativa; negócio com American Express atrai comprador da moeda
Discurso do Fed e Bradesco pressionam dólar
REPORTAGEM LOCAL
Os negócios no mercado cambial ontem terminaram com o dólar pressionado. Em dia de baixo
volume de operações, o dólar fechou vendido a R$ 2,151, em alta
de 1,18%.
A moeda norte-americana chegou a recuar no começo dos negócios, quando foi vendida a R$
2,118 (baixa de 0,38%). Mas alterou seu rumo durante o dia.
A espera pelo discurso do presidente do Fed (o BC dos EUA),
Ben Bernanke, feito após o fechamento do mercado, favoreceu a
valorização do dólar. A expectativa ante a possibilidade de Bernanke dar sinais sobre o futuro da política monetária dos EUA (leia à
pág. B11) levou o dólar a se apreciar diante de diferentes moedas.
O anúncio da conclusão do negócio de US$ 490 milhões envolvendo o Bradesco e a American
Express (leia à pág. B4) também
trouxe certa pressão -e compradores- ao mercado de câmbio.
Além disso, o mercado tem trabalhado em clima desconfortável
devido às denúncias que evolvem
o ministro da Fazenda, Antonio
Palocci Filho.
Com o mercado de câmbio sob
pressão, as taxas futuras de juros
acabaram por subir um pouco na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros).
O dólar barato favorece o processo futuro de redução da taxa
básica de juros. Assim, se o dólar
começar a subir muito, o espaço
para os juros básicos caírem acaba sendo reduzido.
No contrato DI -que mostra as
projeções futuras para os juros-
com resgate em janeiro de 2008,
um dos mais negociados, a taxa
paga subiu de 14,45% para 14,53%
anuais.
Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo
registrou valorização de 0,41%
ontem. Durante o pregão, a Bovespa marcou, em seu melhor
momento, ganho de 1,19%.
O giro financeiro no pregão de
ontem foi forte. Foram movimentados R$ 2,72 bilhões -dos quais
R$ 730 milhões com o exercício
de opções sobre ações.
A volta para a Bolsa doméstica
de parte do capital externo que
saiu no começo do mês tem ajudado o mercado acionário a subir.
Até o dia 10, o saldo mensal das
compras e vendas feitas por investidores estrangeiros estava negativo em R$ 1,04 bilhão. No dia
16, esse balanço ainda era negativo, mas em R$ 855,2 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)
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