São Paulo, sábado, 21 de março de 2009

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Bancos criticam taxação de bônus de funcionários

DA REDAÇÃO

Os presidentes-executivos dos três maiores bancos dos Estados Unidos, JPMorgan Chase, Citigroup e Bank of America, saíram em defesa ontem do pagamento de bônus a funcionários, que vem sendo alvo de intensas críticas, seja do governo, seja da opinião pública, depois que a AIG pagou US$ 165 milhões aos seus empregados.
Vikram Pandit, do Citigroup, e Kenneth Lewis, do Bank of America, enviaram comunicado aos seus empregados criticando o projeto aprovado pelos deputados americanos que taxa em 90% os bônus pagos a instituições que receberam socorro estatal -caso dos dois bancos. Já Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, disse aos principais executivos que o banco está discutindo ativamente o assunto com o governo dos EUA.
Um banqueiro que pediu para não ter sua identidade revelada afirmou ao "Financial Times" que a decisão dos deputados lembrou a "Rússia de 15 anos atrás. É como a caça às bruxas do [senador Joseph] McCarthy [nos anos 1950]. É a coisa mais profundamente antiamericana que eu já vi".
Alguns banqueiros, analistas e até políticos disseram que a decisão de taxar os bônus pode ser um tiro no pé, em que apenas as instituições que estão desesperadas por dinheiro recorrerão ao socorro do governo americano, enquanto as que estão em uma situação um pouco menos pior tentarão não usar a ajuda. Com isso, esses bancos poderiam reduzir ainda mais o crédito, que não é o que o governo deseja, ainda mais em um período de forte crise.
O projeto dos deputados recai sobre executivos que tenham tido ganhos superiores a US$ 250 mil ao ano em companhias que receberam mais de US$ 5 bilhões de ajuda estatal. É o caso de Citigroup, Bank of America e AIG (que perdeu US$ 99,3 bilhões em 2008 e recebeu socorro federal de US$ 173 bilhões), entre outras.

Com agências internacionais



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