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Bancos criticam taxação de bônus de funcionários
DA REDAÇÃO
Os presidentes-executivos
dos três maiores bancos dos Estados Unidos, JPMorgan Chase, Citigroup e Bank of America, saíram em defesa ontem do
pagamento de bônus a funcionários, que vem sendo alvo de
intensas críticas, seja do governo, seja da opinião pública, depois que a AIG pagou US$ 165
milhões aos seus empregados.
Vikram Pandit, do Citigroup,
e Kenneth Lewis, do Bank of
America, enviaram comunicado aos seus empregados criticando o projeto aprovado pelos
deputados americanos que taxa
em 90% os bônus pagos a instituições que receberam socorro
estatal -caso dos dois bancos.
Já Jamie Dimon, do JPMorgan
Chase, disse aos principais executivos que o banco está discutindo ativamente o assunto
com o governo dos EUA.
Um banqueiro que pediu para não ter sua identidade revelada afirmou ao "Financial Times" que a decisão dos deputados lembrou a "Rússia de 15
anos atrás. É como a caça às
bruxas do [senador Joseph]
McCarthy [nos anos 1950]. É a
coisa mais profundamente antiamericana que eu já vi".
Alguns banqueiros, analistas
e até políticos disseram que a
decisão de taxar os bônus pode
ser um tiro no pé, em que apenas as instituições que estão
desesperadas por dinheiro recorrerão ao socorro do governo
americano, enquanto as que estão em uma situação um pouco
menos pior tentarão não usar a
ajuda. Com isso, esses bancos
poderiam reduzir ainda mais o
crédito, que não é o que o governo deseja, ainda mais em
um período de forte crise.
O projeto dos deputados recai sobre executivos que tenham tido ganhos superiores a
US$ 250 mil ao ano em companhias que receberam mais de
US$ 5 bilhões de ajuda estatal.
É o caso de Citigroup, Bank of
America e AIG (que perdeu
US$ 99,3 bilhões em 2008 e recebeu socorro federal de US$
173 bilhões), entre outras.
Com agências internacionais
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