São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2000


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EXPORTAÇÃO

Soja primitiva faz samba na França

Reuters
Navio com soja não-transgênica brasileira no porto de Saint-Nazaire, na costa oeste da França


BRUNO BLECHER
Editor do Agrofolha

Em clima de carnaval, chegou ontem ao porto de Saint-Nazaire, na França, parte das 180 mil t de soja não-transgênica brasileira, adquirida pela rede de supermercados Carrefour de produtores de Goiás. O carregamento foi recebido com samba pelos ativistas do Greenpeace.
Os grãos serão transformados em ração, destinada a abastecer os criadores franceses que fornecem aves e suínos às lojas da rede na Europa.
A intenção do Carrefour é garantir aos seus clientes que as carnes vendidas em suas lojas não contenham nenhum ingrediente de organismos geneticamente modificados.
Diante da pressão cada vez maior de grupos ecológicos e dos próprios consumidores, grandes supermercados da França e do Reino Unido estão banindo de suas prateleiras toda a comida produzida a partir de organismos geneticamente modificados.
A rejeição dos europeus aos alimentos transgênicos favorece o Brasil, segundo maior produtor de soja do mundo e único grande exportador ainda livre das variedades modificadas geneticamente.
Por aqui, apesar de aprovada desde 98 pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, a soja transgênica ainda não foi liberada pela Justiça para plantio comercial.


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