São Paulo, terça-feira, 21 de abril de 2009

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Após IBM desistir do negócio, Oracle leva a Sun por US$ 7,4 bi

DA REDAÇÃO

A Oracle, segunda maior fabricante de software do mundo, fechou um acordo de compra da Sun Microsystems por US$ 7,4 bilhões (cerca de R$ 16,6 bilhões), após a desistência da IBM pelo negócio.
Com a compra, a Oracle ganha força no mercado corporativo de computadores, segundo analistas, e passa a deter a tecnologia Java de programação.
Para o presidente da Sun, Jonathan Schwartz, a fusão vai criar um "poderio na área de sistemas e software que irá redefinir a indústria". Ele acrescentou que o negócio dará à Oracle capacidade para oferecer soluções de informática simples e a preços menores.
A Oracle vai pagar US$ 9,50 em dinheiro por ação -o preço representa "prêmio" de 42% sobre o valor dos papéis na última sexta-feira, de US$ 6,69.
A IBM chegou a oferecer pela Sun US$ 9,40 por ação, mas as negociações foram interrompidas por conta de desentendimentos sobre a oferta e as garantias exigidas.
Em declaração conjunta, as empresas afirmaram que o negócio poderá aumentar em US$ 1,5 bilhão o lucro operacional da Oracle, excluindo algumas receitas ou despesas extraordinárias no primeiro ano.
A Oracle gastou quase US$ 34,5 bilhões em compras desde 2005, tornando-se a empresa de software que mais fez aquisições do mundo.
A IBM fica atrás tanto da Oracle como da Microsoft em vendas de software.

Resultado
A IBM divulgou ontem uma queda maior do que a esperada em suas vendas trimestrais.
A receita do primeiro trimestre do ano caiu para US$ 21,7 bilhões, ante US$ 24,5 bilhões no mesmo período do ano passado. A expectativa média dos analistas era a de uma receita de US$ 22,6 bilhões.
A IBM, no entanto, obteve resultados melhores do que outras empresas de tecnologia, por conta do foco em serviços e em software e graças à atuação em terceirização.
Já o lucro líquido para o primeiro trimestre teve queda de 1%, para US$ 2,3 bilhões. O lucro por ação, entretanto, subiu para US$ 1,70, contra US$ 1,64 no mesmo período do ano passado. O fato é explicado pela queda no número de ações da companhia em circulação.


Com agências internacionais


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