São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Brasil não tem "bolha" de ativos, diz Fundo

DO ENVIADO A WASHINGTON

O FMI não acredita que os preços de ativos no Brasil, como ações e imóveis, estejam no caminho de formar uma "bolha". Mas vê esse risco como crescente entre os emergentes por conta do ingresso "exagerado" de dinheiro de investidores atrás de lucros.
Mas o maior risco para a economia global no momento, segundo o Fundo, é uma confluência de dois fatores:
Cerca de US$ 5 trilhões em dívidas que precisarão ser refinanciadas pelos bancos nos próximos 36 meses, ao mesmo tempo em que as economias avançadas também estarão atrás de créditos para rolar suas dívidas recordes.
Essa necessidade trilionária de dinheiro por parte de bancos e governos é a conta da crise global de 2008-2009.
Segundo o "Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global" divulgado ontem pelo FMI, embora o cenário econômico mundial tenha evoluído, "os riscos são ainda elevados e a recuperação, muito frágil".
Segundo o economista do Fundo José Viñals, responsável pelo documento, possíveis crises de endividamento público "não estão confinadas à Grécia" -que está pedindo 45 bilhões à União Europeia e ao FMI.
"Vivemos hoje com o maior nível de endividamento entre os países avançados desde a Segunda Guerra. Com a diferença que, desta vez, não tivemos uma Segunda Guerra."
A boa notícia, segundo Viñals, é que, com a recuperação do valor das ações dos bancos, diminuiu em cerca de US$ 500 bilhões a necessidade de levantar capital para cobrir perdas.


Metas do Milênio
Segundo estudo apresentado ontem pelo Banco Mundial, a crise levou cerca de 64 milhões de pessoas a entrar para as estatísticas que medem a pobreza extrema (quando a pessoa vive com menos de US$ 1,25).
Mesmo assim o Bird prevê que a maioria dos países atingirá o principal alvo das chamadas Metas do Milênio, a de reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção de miseráveis no mundo.


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