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Brasil não tem "bolha" de ativos, diz Fundo
DO ENVIADO A WASHINGTON
O FMI não acredita que os
preços de ativos no Brasil, como ações e imóveis, estejam no
caminho de formar uma "bolha". Mas vê esse risco como
crescente entre os emergentes
por conta do ingresso "exagerado" de dinheiro de investidores
atrás de lucros.
Mas o maior risco para a economia global no momento, segundo o Fundo, é uma confluência de dois fatores:
Cerca de US$ 5 trilhões em
dívidas que precisarão ser refinanciadas pelos bancos nos
próximos 36 meses, ao mesmo
tempo em que as economias
avançadas também estarão
atrás de créditos para rolar suas
dívidas recordes.
Essa necessidade trilionária
de dinheiro por parte de bancos
e governos é a conta da crise
global de 2008-2009.
Segundo o "Relatório sobre a
Estabilidade Financeira Global" divulgado ontem pelo
FMI, embora o cenário econômico mundial tenha evoluído,
"os riscos são ainda elevados e a
recuperação, muito frágil".
Segundo o economista do
Fundo José Viñals, responsável
pelo documento, possíveis crises de endividamento público
"não estão confinadas à Grécia"
-que está pedindo 45 bilhões
à União Europeia e ao FMI.
"Vivemos hoje com o maior
nível de endividamento entre
os países avançados desde a Segunda Guerra. Com a diferença
que, desta vez, não tivemos
uma Segunda Guerra."
A boa notícia, segundo Viñals, é que, com a recuperação
do valor das ações dos bancos,
diminuiu em cerca de US$ 500
bilhões a necessidade de levantar capital para cobrir perdas.
Metas do Milênio
Segundo estudo apresentado
ontem pelo Banco Mundial, a
crise levou cerca de 64 milhões
de pessoas a entrar para as estatísticas que medem a pobreza
extrema (quando a pessoa vive
com menos de US$ 1,25).
Mesmo assim o Bird prevê
que a maioria dos países atingirá o principal alvo das chamadas Metas do Milênio, a de reduzir pela metade, entre 1990 e
2015, a proporção de miseráveis no mundo.
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