São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Com giro baixo, Bolsa sobe 0,3%; dólar cai para R$ 1,753

Ações da Petrobras sobem mais de 2%; Vale tem baixa

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores moderaram suas operações no pregão de ontem. Às vésperas de um feriado e sem nenhuma notícia de maior relevância, a BM&FBovespa encerrou o dia com pequena alta, de 0,32%.
O resultado não foi suficiente para levar a Bolsa de volta ao patamar dos 70 mil pontos. Ontem, fechou a 69.318 pontos. No mês, a queda acumulada da Bolsa está em 1,5%. A movimentação no pregão ficou em R$ 5,74 bilhões, número 21,5% inferior à média diária do mês.
Altas marcaram o dia nas principais Bolsas de Valores. Em Wall Street, o resultado do banco Goldman Sachs surpreendeu. Acusado pela SEC (a comissão que fiscaliza o mercado de capitais nos EUA) de estar envolvido em fraude, o Goldman Sachs apresentou lucro de US$ 3,29 bilhões no primeiro trimestre. Mas, apesar do resultado expressivo, suas ações recuaram 2,05%.
Para o índice Dow Jones, o pregão foi de apreciação de 0,23%. A Nasdaq ganhou 0,81%. Na Europa, a Bolsa de Londres teve alta de 0,97%.
A recuperação das ações da Petrobras foi decisiva para o desempenho positivo do Ibovespa. Os papéis da companhia, que amargam perdas no ano, registraram elevação de 2,23% (preferenciais) e 2,25% (ordinárias) no pregão de ontem.
Por outro lado, pesou negativamente a queda da ação preferencial "A" da Vale, a mais negociada do dia, que caiu 1,63%.
O dólar, como a Bolsa, teve oscilação moderada. A moeda encerrou cotada a R$ 1,753, em baixa de 0,11% diante do real.

Juros acalmam
No pregão da BM&FBovespa, os juros futuros perderam força, após a alta verificada no dia anterior. Com as previsões do mercado de economia mais aquecida e inflação mais pressionada, muitos analistas passaram a prever que a taxa básica Selic será elevada de forma mais forte pelo Banco Central.
A taxa no contrato de juros mais negociado da BM&F, que tem vencimento no fim do ano, fechou a 10,71% ontem, ante 10,74% anuais registrado no pregão anterior.
Os juros básicos, que hoje estão em 8,75%, vão chegar a 11,50% no fim de 2010, segundo a projeção média do mercado.
"Os dados de atividade têm realmente vindo fortes e a economia está mais aquecida. É natural que nesse cenário a inflação seja pressionada. Mas não acho que esteja se aquecendo acima de seu potencial", diz Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco WestLB, que é mais cauteloso que o mercado e trabalha com a taxa Selic em 10,75% no fim do ano.
"Faz sentido a Selic estar ao redor de 11% em dezembro. Para a próxima reunião do Copom, entendo que a taxa deve subir 0,50 ponto", disse.


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