São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 2002

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Ato por emprego e comida reúne 10 mil no país

DA REDAÇÃO

Mais de 10 mil pessoas saíram às ruas na Argentina ontem para pedir alimentos e trabalho. Os protestos foram mais intensos na periferia de Buenos Aires e em La Plata, capital da Província de Buenos Aires, onde os manifestantes bloquearam estradas e ruas para requisitar assistência alimentar, programas de emprego e "tarifas sociais" para os serviços públicos. O desemprego atinge 25% da população economicamente ativa do país.
Em La Matanza, no subúrbio de Buenos Aires, o protesto reuniu cerca de 7.000 pessoas. Em Mar del Plata e em La Plata, cerca de mil pessoas bloquearam avenidas em cada cidade.
As manifestações de ontem, organizadas por grupos de desempregados, como a Corrente Combativa e Classista, e o sindicato CTA (que reúne os funcionários públicos), fazem parte de um plano em repúdio à "subordinação do governo de Eduardo Duhalde ao FMI". Deve culminar, no próximo dia 29, em uma greve geral. Outra greve está programada para amanhã, organizada pela CGT dissidente.
Correntistas que têm depósitos bloqueados pelo curralzinho também protestaram ontem, no centro financeiro de Buenos Aires.
Estudantes foram até o Ministério do Trabalho pedir bolsas de estudo e um programa de emprego para jovens. Queimaram um boneco do Tio Sam, em protesto contra os EUA.

"Roubo"
O sindicato dos bancários programou para quinta-feira manifestações contra os bancos estrangeiros, que, segundo a entidade, "roubam a poupança argentina".
O protesto dos bancários foi marcado no dia em que a instituição estatal Nación assumiu o controle dos bancos Suquía, Bisel e Bersa, os três pertencentes ao grupo francês Crédit Agricole, por problemas de liquidez. A instituição informou que não mais injetaria dinheiro nas subsidiárias argentinas.


Com agências internacionais


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