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Ato por emprego e comida reúne 10 mil no país
DA REDAÇÃO
Mais de 10 mil pessoas saíram
às ruas na Argentina ontem para
pedir alimentos e trabalho. Os
protestos foram mais intensos na
periferia de Buenos Aires e em La
Plata, capital da Província de Buenos Aires, onde os manifestantes
bloquearam estradas e ruas para
requisitar assistência alimentar,
programas de emprego e "tarifas
sociais" para os serviços públicos.
O desemprego atinge 25% da população economicamente ativa
do país.
Em La Matanza, no subúrbio de
Buenos Aires, o protesto reuniu
cerca de 7.000 pessoas. Em Mar
del Plata e em La Plata, cerca de
mil pessoas bloquearam avenidas
em cada cidade.
As manifestações de ontem, organizadas por grupos de desempregados, como a Corrente Combativa e Classista, e o sindicato
CTA (que reúne os funcionários
públicos), fazem parte de um plano em repúdio à "subordinação
do governo de Eduardo Duhalde
ao FMI". Deve culminar, no próximo dia 29, em uma greve geral.
Outra greve está programada para amanhã, organizada pela CGT
dissidente.
Correntistas que têm depósitos
bloqueados pelo curralzinho também protestaram ontem, no centro financeiro de Buenos Aires.
Estudantes foram até o Ministério do Trabalho pedir bolsas de
estudo e um programa de emprego para jovens. Queimaram um
boneco do Tio Sam, em protesto
contra os EUA.
"Roubo"
O sindicato dos bancários programou para quinta-feira manifestações contra os bancos estrangeiros, que, segundo a entidade,
"roubam a poupança argentina".
O protesto dos bancários foi
marcado no dia em que a instituição estatal Nación assumiu o controle dos bancos Suquía, Bisel e Bersa, os três pertencentes ao grupo francês Crédit Agricole, por problemas de liquidez. A instituição informou que não mais injetaria dinheiro nas subsidiárias argentinas.
Com agências internacionais
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