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FUNDO DE PENSÃO
Presidência não se pronuncia a respeito
BB descumpre liminar sobre eleição na Previ e aumenta crise no fundo
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A crise interna no maior fundo
de pensão do país, a Previ (Caixa
de Previdência do Banco do Brasil), explodiu ontem com o descumprimento da liminar judicial
que obrigava o presidente da instituição, Luiz Tarquínio Ferro, a
dar início ao processo eleitoral
para substituição de um diretor
executivo, de dois membros do
Conselho Deliberativo e dos três
membros do Conselho Fiscal indicados pelos empregados.
Uma liminar da 26ª Vara Cível
do Rio determinava o início da
eleição para as 9h de ontem. Até o
final do dia, porém, a ordem não
havia sido cumprida e as duas
chapas concorrentes ameaçavam
pedir a prisão de Tarquínio.
A crise na Previ -um gigante
com patrimônio de R$ 37,8 bilhões e 120 mil associados- vem
se agravando desde o início do
ano. A origem da polêmica está
na mudança do estatuto do fundo, determinada pela lei da reforma previdenciária, que altera a
correlação de forças entre o BB
(Banco do Brasil) e os empregados no comando da Previ.
Atualmente, segundo o diretor
Sérgio Rosa, as decisões na Previ
só são tomadas por consenso entre os representantes dos empregados e os indicados pelo governo, porque o BB não tem maioria
de votos na fundação. A diretoria
executiva é formada por três representantes. O presidente, indicado pelo BB, não tem poder de
desempate. O novo estatuto tiraria dos funcionários a maioria nos
conselhos e dá voto de minerva ao
banco, que reassumiria o controle
sobre a entidade.
A fundação tem até 31 de maio
para adequar seu estatuto à nova
lei. As lideranças dos empregados
querem fazer a eleição sob a vigência do atual estatuto, negociado com o banco em 1997, que deu
início à gestão compartilhada.
Sérgio Rosa, um dos três membros da atual diretoria eleitos pelos empregados, disse que se reuniu com Tarquínio às 11h30. ""Ele
alegou que não abriu o processo
eleitoral no horário determinado
pela Justiça porque só teria tomado conhecimento da liminar na
noite de sexta-feira", afirmou.
Até o fechamento desta edição,
nenhuma informação oficial sobre a crise foi dada pela presidência da Previ.
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