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RIQUEZA AMERICANA
"Leading indicators" registra queda de 0,4% em abril, é a primeira queda desde setembro de 2001
Indicador sugere retomada frágil dos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda em um dos principais
indicadores da economia dos
EUA sugere que, apesar da forte
recuperação econômica do país
no início do ano, talvez ela não tenha sido tão sólida quanto se imaginava.
O Conference Board de Nova
York, um instituto privado de
pesquisa econômica, divulgou
ontem seu índice "leading indicators", que reúne os principais indicadores da economia do país. O
índice registrou queda de 0,4%
em abril, para 111,7 pontos. Essa é
a primeira queda desde setembro
de 2001. O resultado surpreendeu
o mercado, que esperava um declínio de apenas 0,1% depois da
alta de 0,1% registrada em março.
A queda indica, segundo especialistas, que a recuperação da
economia do país continua fraca.
Segundo eles, porém, a retração
não indica uma mudança de tendência para a economia e afastaram essa possibilidade. O que pode ser deduzido do índice, porém,
é que existe ainda muita fragilidade na economia e que isso, na opinião deles, deve retardar o ritmo
da retomada.
"Não acredito que exista muito
perigo de entrarmos novamente
em recessão, mas acho que o ritmo da retomada será menor",
disse Mark Vitner, do Wachovia.
Os economistas afirmam que
quedas no índice são comuns em
períodos de recuperação, caracterizando uma retração temporária.
Dos dez indicadores que fazem
parte do índice completo, cinco
registraram queda em abril
-oferta real de dinheiro, preços
de ações, expectativas dos consumidores, pedidos de seguro desemprego e spread (diferença)
das taxas de juros.
Para o futuro, a contínua fragilidade do mercado de trabalho
norte-americano é preocupante
por causa de seu impacto na confiança dos consumidores. O gasto
dos consumidores, segundo analistas, foi a principal força da recuperação da economia até o momento. Mas, mesmo com os problemas no mercado de trabalho,
os consumidores parecem estar
aguentando relativamente bem.
Segundo Ken Goldstein, da
equipe de economistas do Conference Board, existe a ameaça de
que as demissões e o crescimento
mais lento nos rendimentos dos
trabalhadores façam cair os níveis
de consumo do país.
"O sinal que temos do leading
indicators é que a retomada está
se dando muito devagar", disse
Goldstein. "Apesar do forte crescimento do PIB [Produto Interno
Bruto" no primeiro trimestre, a
recuperação no setor industrial
permanece fraca."
Além disso, os investimentos
em negócios e as exportações permanecem muito frágeis, dando à
economia pouca proteção para o
caso de uma queda no consumo,
disse Goldstein.
Com agências internacionais
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