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BLOCO
EUA querem OMC como parâmetro
Zoellick vem ao Brasil com "plano B" da Alca
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O representante de Comércio
dos EUA, Robert Zoellick, chega
ao Brasil na semana que vem sem
expectativa de avanço nas negociações em torno da Alca (Área de
Livre Comércio das Américas).
O Departamento de Comércio
americano avalia que a escolha do
cônsul brasileiro na Argentina,
Adhemar Bahadian, para co-presidir a Alca foi outra sinalização
do Brasil na direção de fortalecimento do Mercosul em detrimento da integração das Américas.
Segundo a Folha apurou, além
de pressionar por acordos bilaterais com outros países da região,
os americanos traçam um "plano
B" como última tentativa para
tentar salvar o prazo final de janeiro de 2005 previsto para a Alca.
A alternativa em estudo é deixar
que as decisões a serem tomadas
no âmbito da OMC (Organização
Mundial do Comércio), em andamento, sirvam de parâmetro para
as negociações da Alca.
Assim, os americanos não ficariam com o ônus de não terem
conseguido cumprir o prazo proposto por George W. Bush como
final para a integração comercial.
Os EUA poderiam também aumentar a pressão sobre outros
países envolvidos, os da União
Européia principalmente, e responsabilizar um ""desentendimento geral" dos participantes
pelo eventual fracasso da Alca.
O prazo de janeiro de 2005 para
a Alca já é visto como ""irreal" nos
EUA e no Brasil. A primeira proposta apresentada pelos americanos ao Brasil, em fevereiro, teve
péssima recepção por ter retirado
das negociações barreiras não-tarifárias e por ter colocado os produtos brasileiros no ""final da fila"
da redução de tarifas americanas.
Também estão em jogo hoje na
OMC boa parte das decisões que
interessam ao Brasil, principalmente na área agrícola.
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