São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Para o produtor brasileiro, falta ainda a barreira tarifária cair

GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO

Analistas brasileiros do mercado de açúcar e álcool torcem para que a proposta da Comissão Européia, de eliminar subsídios ao biocombustível, seja uma decisão em dois tempos.
A segunda etapa deve ser a redução das barreiras à importação. Atualmente a menor tarifa que os europeus aplicam sobre a importação de álcool brasileiro equivale à taxa norte-americana, por volta de 25 centavos de real por litro, relata Júlio Maria Martins Borges, diretor da consultoria Job Economia e Planejamento.
"A queda de subsídios sempre favorece o Brasil [pela competitividade na produção agroindustrial], mas, no curto prazo, não deve haver mudanças para o país, pois a barreira da tarifa permanece", diz Fábio Turquino Barros, analista da AgraFNP. Para Barros, até pelos prazos de implantação, a decisão européia também não deve repercutir nos preços das commodities agrícolas num primeiro momento.
Para Amaryllis Romano, economista da Tendências Consultoria, os europeus tomaram a decisão por avaliarem que o mercado de biocombustíveis tende a crescer num ritmo mais lento a partir de agora, na esteira da crise dos alimentos. Segundo ela, como não há tarifas da Comissão Européia sobre o biodiesel, também podem surgir oportunidades para o Brasil exportar combustíveis obtidos a partir de óleos vegetais.
Com o objetivo de eliminar -ou reduzir- as tarifas, "o setor sucroalcooleiro deve aproveitar a boa notícia para se mobilizar desde já", afirma Fabiano Tito Rosa, coordenador da divisão de análises setoriais da Scot Consultoria.


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