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Para o produtor brasileiro, falta ainda a barreira tarifária cair
GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
Analistas brasileiros do mercado de açúcar e álcool torcem
para que a proposta da Comissão Européia, de eliminar subsídios ao biocombustível, seja
uma decisão em dois tempos.
A segunda etapa deve ser a
redução das barreiras à importação. Atualmente a menor tarifa que os europeus aplicam
sobre a importação de álcool
brasileiro equivale à taxa norte-americana, por volta de 25 centavos de real por litro, relata
Júlio Maria Martins Borges, diretor da consultoria Job Economia e Planejamento.
"A queda de subsídios sempre favorece o Brasil [pela competitividade na produção
agroindustrial], mas, no curto
prazo, não deve haver mudanças para o país, pois a barreira
da tarifa permanece", diz Fábio
Turquino Barros, analista da
AgraFNP. Para Barros, até pelos prazos de implantação, a decisão européia também não deve repercutir nos preços das
commodities agrícolas num
primeiro momento.
Para Amaryllis Romano, economista da Tendências Consultoria, os europeus tomaram
a decisão por avaliarem que o
mercado de biocombustíveis
tende a crescer num ritmo mais
lento a partir de agora, na esteira da crise dos alimentos. Segundo ela, como não há tarifas
da Comissão Européia sobre o
biodiesel, também podem surgir oportunidades para o Brasil
exportar combustíveis obtidos
a partir de óleos vegetais.
Com o objetivo de eliminar
-ou reduzir- as tarifas, "o setor sucroalcooleiro deve aproveitar a boa notícia para se mobilizar desde já", afirma Fabiano Tito Rosa, coordenador da
divisão de análises setoriais da
Scot Consultoria.
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