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Lula reafirma que governo fará esforços para conter inflação
MARIANA SANT'ANNA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou ontem
que o governo fará esforços para impedir o retorno de altas taxas de inflação. Para Lula, a inflação prejudica, sobretudo, o
brasileiro assalariado.
"A inflação é a pior desgraça
para o povo que vive de salário.
Porque a inflação come o salário dele [trabalhador]", afirmou o presidente, no evento de
lançamento de obras do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento), em São Paulo.
A meta do governo para a inflação é de 4,5%, com margem
de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
As indicações de que o governo já trabalha com a possibilidade de que a inflação fique acima do centro da meta de 4,5%
levou os economistas e os analistas do mercado financeiro a
aumentarem suas previsões
para o IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo) em
2008 - de 4,96% para 5,12%.
Para Lula, todos são responsáveis pelo controle da inflação,
"quem governa e quem não governa". "Não podemos deixar a
inflação voltar", afirmou.
O presidente disse ainda que
o governo acompanha os esforços da indústria para atender
ao aquecimento do mercado interno.
"Estamos trabalhando para
que o país tenha uma combinação perfeita entre a capacidade
produtiva e a demanda," disse.
Mais produção
Lula também defendeu o aumento da produção para ajudar
a segurar a alta da inflação.
"Quando o povo pode comprar
mais, as indústrias precisam
produzir mais ou haverá menos
produtos, e os espertinhos aumentam o preço," conclui.
O presidente já havia afirmado que está otimista em relação
aos investimentos das empresas para aumentar a capacidade
de produção instalada, o que
garantiria um crescimento sustentável.
Expansão do consumo
Sobre o aumento no consumo de alimentos, o presidente
defendeu uma expansão na
produção agrícola.
"Nós vamos ter que colocar
mais água no feijão. Vamos ter
que plantar mais alimentos, como arroz, feijão e trigo. Esse é
um desafio bom, que a gente
não tem que reclamar. Eu quero que, cada vez mais, o povo
coma melhor."
O presidente também defendeu a ascensão da população de
baixa renda à classe média para
incrementar o comércio. "O
maior investimento que a gente faz é cuidar exatamente para
que o pobre não seja tão pobre e
se torne um cidadão de classe
média e um consumidor."
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