São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Lula reafirma que governo fará esforços para conter inflação

MARIANA SANT'ANNA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou ontem que o governo fará esforços para impedir o retorno de altas taxas de inflação. Para Lula, a inflação prejudica, sobretudo, o brasileiro assalariado.
"A inflação é a pior desgraça para o povo que vive de salário. Porque a inflação come o salário dele [trabalhador]", afirmou o presidente, no evento de lançamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em São Paulo.
A meta do governo para a inflação é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
As indicações de que o governo já trabalha com a possibilidade de que a inflação fique acima do centro da meta de 4,5% levou os economistas e os analistas do mercado financeiro a aumentarem suas previsões para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2008 - de 4,96% para 5,12%.
Para Lula, todos são responsáveis pelo controle da inflação, "quem governa e quem não governa". "Não podemos deixar a inflação voltar", afirmou.
O presidente disse ainda que o governo acompanha os esforços da indústria para atender ao aquecimento do mercado interno.
"Estamos trabalhando para que o país tenha uma combinação perfeita entre a capacidade produtiva e a demanda," disse.

Mais produção
Lula também defendeu o aumento da produção para ajudar a segurar a alta da inflação. "Quando o povo pode comprar mais, as indústrias precisam produzir mais ou haverá menos produtos, e os espertinhos aumentam o preço," conclui.
O presidente já havia afirmado que está otimista em relação aos investimentos das empresas para aumentar a capacidade de produção instalada, o que garantiria um crescimento sustentável.

Expansão do consumo
Sobre o aumento no consumo de alimentos, o presidente defendeu uma expansão na produção agrícola.
"Nós vamos ter que colocar mais água no feijão. Vamos ter que plantar mais alimentos, como arroz, feijão e trigo. Esse é um desafio bom, que a gente não tem que reclamar. Eu quero que, cada vez mais, o povo coma melhor."
O presidente também defendeu a ascensão da população de baixa renda à classe média para incrementar o comércio. "O maior investimento que a gente faz é cuidar exatamente para que o pobre não seja tão pobre e se torne um cidadão de classe média e um consumidor."


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