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Bolsa perde fôlego no final e fecha em queda de 0,2%
Bovespa chega a avançar
2,5%, mas recuo em NY pesa
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Repetindo o pregão de terça-feira, a Bovespa passou boa
parte da sessão de ontem em alta (chegou a subir 2,5%), mas,
ao final do dia, acompanhando
o movimento em Nova York,
cedeu. Acabou fechando em
queda de 0,2%, aos 51.245 pontos. O volume de negócios superou R$ 6 bilhões. No mês, a
Bolsa paulista acumula elevação de 8,36%; os ganhos no ano
chegam a 36,5%.
"Devido à forte alta observada nas últimas semanas, correções são naturais, afinal, os investidores precisam afinar a
sua estratégia. Creio que a semana ainda vai ter altos e baixos. Mas isso não significa reversão da tendência positiva",
afirma Silvio Campos Neto,
economista-chefe do banco
Schahin.
Pela manhã, a notícia de que
o Bank of America conseguiu
captar US$ 13,5 bilhões com
uma nova emissão de ações animou Wall Street, assim como o
depoimento do secretário do
Tesouro americano, Timothy
Geithner, ao Senado. Ele disse
que as principais instituições
financeiras do país estão se organizando para captar US$ 56
bilhões a fim de se fortalecer.
Um "teste de estresse" (resistência) realizado duas semanas
atrás indicou que elas precisam
de US$ 75 bilhões para reforçar
o seu capital.
Em uma indicação de otimismo dos mercados sobre a atividade econômica global, o petróleo também subiu -3,2%,
para US$ 62,04, o seu maior valor em seis meses.
Paradoxalmente, apesar de
esperada pelos analistas, foi a
revisão da estimativa de recuo
da economia americana neste
ano -de entre 0,5% e 1,3% para
entre 1,3% e 2%- feita pelo Fed
(Federal Reserve, o banco central dos EUA) a desculpa para
embolsar lucros. A Bolsa americana caiu 0,62%.
"É bom que os interessados
em entrar na Bolsa neste momento tenham cautela, pois o
mercado está sujeito a baixas
no curto prazo de acordo com
as notícias que saem", afirma
Campos Neto.
Um ano do recorde
O maior patamar já experimentado pela Bovespa foi o de
73.438 pontos, em 19 de maio
de 2008. Naquele momento, os
investidores comemoravam o
"grau de investimento" concedido pela agência Standard and
Poor's. Do pico ao piso de
29.435 ao qual a crise levou a
Bovespa, em 27 de outubro, as
perdas chegaram a 60%. Para
voltar ao seu maior nível, a Bolsa ainda precisa subir 43,3%.
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