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PIB do México encolhe 8,2% e país entra em recessão
Queda no 1º trimestre é a
maior desde a crise de 1995
DA REDAÇÃO
A economia mexicana se
contraiu pelo segundo trimestre consecutivo, afetada pela
crise nos Estados Unidos, e entrou oficialmente em recessão.
O PIB da segunda maior economia latino-americana se retraiu em 8,2% nos primeiros
três meses deste ano na comparação com o mesmo período de
2008, o pior resultado desde a
crise de 1995 -em relação ao
quarto trimestre de 2008, a
queda foi de 5,9%.
Entre outubro e dezembro
do ano passado, a economia
mexicana já havia se retraído
em 1,6%, configurando a definição mais rotineira de recessão,
que são dois trimestres seguidos de contração.
A maior queda aconteceu na
atividade industrial, que representa cerca de 25% do PIB e
80% das exportações. Com a
crise nos Estados Unidos, principal destino dos produtos do
país vendidos para o exterior, o
setor recuou 13,8%. A recessão
que vive o país vizinho abalou
os principais pilares da economia mexicana: exportações, investimento estrangeiro, turismo e remessas de imigrantes.
E, apesar das ações do governo (como pacotes de estímulo e
corte nos juros pelo banco central), a expectativa é que a economia mexicana continue
caindo neste trimestre, ainda
mais depois dos casos de influenza A (H1N1), conhecida
como gripe suína. Alguns economistas calculam que a doença deve provocar uma queda de
um ponto percentual no PIB.
A gripe suína também levou
o governo mexicano a rever
seus dados para o PIB do ano:
agora a previsão é de uma queda de 5,5%, ante contração de
4,1% na estimativa anterior.
Ambas as previsões são mais
pessimistas que as do FMI, de
abril (antes do surto da doença), que estimou queda de 3,7%.
"Nos primeiros três trimestres deste ano, vamos ver frequentemente dados de produção e emprego e outros indicadores que serão desencorajadores", afirmou ontem o ministro da Fazenda, Agustín Carstens. "A recuperação não se tornará evidente antes do final
deste ano e de 2010."
Com agências internacionais
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