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Lula quer acelerar prazo para abertura de empresas
Inspirado em sistema de Portugal, presidente quer que processo leve apenas 30 minutos
Estudo internacional apontou que excesso de burocracia na abertura de firmas afasta oportunidades de negócios do Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu estudo ao Ministério de Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
sobre a viabilidade de instituir
sistema de abertura de empresas em apenas 30 minutos.
Estudo divulgado anteontem
pelo suíço Instituto Internacional para o Desenvolvimento
da Administração, que mede o
ambiente de negócios nos países, considera que há excesso
de burocracia no Brasil para
abertura de empresas e que isso
"trava" as oportunidades de negócios.
Dentre 58 países analisados
pelo estudo, o Brasil ficou no
38º lugar no ranking sobre ambiente econômico. No entanto,
no quesito "eficiência do governo", que analisa legislação, política fiscal, estrutura institucional e finanças públicas, o
país ficou na 52ª posição.
Ontem, Lula disse que quer
adotar no Brasil sistema que
existe em Portugal, onde uma
empresa é aberta, segundo ele,
em 37 minutos.
Ele afirmou que conversou
sobre o assunto com o primeiro-ministro português, José
Sócrates, sobre o formato usado naquele país e que pediu ao
ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) que busque
viabilizar a ideia.
"Já pedi para o Miguel Jorge
ir atrás. Acho importante dar
uma estudada sobre como funciona lá [em Portugal], porque
eles têm um balcão de venda de
empresas. Eles preparam os
projetos, vendem, então, é importante ver isso. Tem uma
queixa aqui [no Brasil sobre demora para abrir empresas]."
Lula disse que gostaria de
criar neste ano o Ministério da
Micro e Pequena Empresa, mas
desistiu porque a imprensa trataria do assunto como oportunismo eleitoral. Sugeriu, então,
que o próximo presidente faça.
"Não é compatível que o Ministério de Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
seja o representante da micro e
pequena empresa, mas meus
companheiros da imprensa
iriam dizer que era questão
eleitoral. E eu resolvi deixar para que quem vier depois de
mim que faça ou não faça."
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Miguel
Jorge determinou ontem mesmo que a Secretaria de Comércio e Serviços entrasse em contato com o Sebrae para que se
iniciasse um estudo conjunto
para atender ao pedido de Lula.
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