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Nestlé lançará máquina de chá inspirada no Nespresso
Aparelho será vendido inicialmente na França e funcionará como as cafeteiras da marca
Máquina custará 129, e
o kit com dez cápsulas, 3,5; venda se inicia em setembro, e não há previsão de chegada ao mercado brasileiro
NATÁLIA PAIVA
DA REDAÇÃO
O hábito de beber chá, refinado ao longo dos últimos séculos, está prestes a mudar. Ou
pelo menos é nisso que a Nestlé
aposta, com sua nova máquina.
A empresa pretende lançar,
em setembro, uma máquina especializada em preparar chá,
nos moldes das cafeteiras Nespresso e Dulce Gusto, que funcionam com cápsulas de porções individuais.
Para preparar uma xícara na
máquina, batizada de Special T
("chá especial", em inglês), bastará pôr a cápsula de alumínio
que contém folhas do sabor escolhido no compartimento correto e apertar um botão. Tempo de fervura e temperatura da
água são regulados automaticamente, segundo o sabor escolhido (serão disponibilizados
25, como chás verde e preto).
Em um primeiro momento, a
máquina só será vendida na
França e pela internet. Custará
129 (quase R$ 300). O kit com
dez cápsulas sairá por 3,5
(R$ 8). Se bem-sucedida, passará a ser comercializada em
outras metrópoles europeias.
Mercados potenciais devem
incluir Rússia, Turquia, EUA e
China. Não há prazo para sua
chegada ao Brasil.
A aposta da Nestlé ocorre em
meio a vendas crescentes das
máquinas de café e aquecimento do mercado de chá europeu.
No ano passado, a Nespresso
registrou vendas de US$ 2,5 bilhões, alta de 22%. A empresa
não revela dados sobre o Brasil.
Na Europa, o mercado de chá
cresceu anualmente 3,5% na
última década, e chegou a 4
bilhões em 2009 (20% das vendas globais), ante 2,8 bilhões
há dez anos. O mercado de café
europeu, por sua vez, chegou a
12,8 bilhões no ano passado.
Carla Saueressig, dona d'A
Loja do Chá e representante da
marca alemã Tee Gschwendner no Brasil, diz que a máquina "é interessante" por ser prática e por regular o tempo de infusão dos diferentes tipos de
chá. Mas fica aquém para quem
gosta de chá especial e tem o revés de usar alumínio.
No Brasil, estima a especialista, a máquina "não deve chegar por menos de R$ 1.000".
Embora não haja dados precisos sobre o quanto o mercado
de chá movimenta no país
(mistura-se o consumo de erva-mate com os de outros chá),
Saueressig afirma que ele ainda
é pequeno, limitado por questões culturais. "As pessoas ainda acham que chá é remédio."
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