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São Paulo, sábado, 21 de junho de 2003

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PANORÂMICA

CRISE NO AR

Dona da Varig troca conselho, e fusão com a TAM fica mais próxima
A FRB (Fundação Ruben Berta), controladora da Varig, trocou ontem quatro dos seus sete conselheiros. O presidente do conselho, Gilberto Carlos Rigoni, foi substituído por Joaquim Santos, o que deverá significar um impulso nas negociações para a fusão com a TAM. Santos assume nesta segunda-feira.
A definição do novo conselho ocorreu em Porto Alegre, durante reunião do colégio deliberante, instância decisória máxima da fundação. As mudanças já eram previstas.
Além de Rigoni, deixaram o conselho Luiz Carlos Vaini, Renato da Silva de loa Vechia e Gilmar Carneiro dos Santos. Foram substituídos por Eduardo Nascimento Araújo, Tor Kameyama e Walmir Luiz Corrêa.
Os conselheiros que deixam de controlar a Varig tinham discurso segundo o qual há profundas divergências culturais entre a empresa e a TAM.
Rigoni chegou a anunciar uma alternativa à fusão: uma operação financeira com a participação de bancos europeus. Os bancos fariam uma securitização de 1,5 bilhão em dívidas da Varig. Como garantia, seriam utilizadas jazidas de ouro em Goiás, com reservas estimadas em 8 bilhões.
Santos, o novo presidente, articula a fusão com a TAM desde maio, quando Yutaka Imagawa -contrário à fusão- foi afastado da presidência do conselho.
Funcionários da Apvar (Associação dos Pilotos da Varig) fizeram protesto durante a reunião e disseram estar preparados para inverter as negociações.
""Vamos intensificar as mobilizações, precisamos de apoio político", afirmou o vice-presidente da Apvar, Márcio Marcillac, que se reunirá com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), na segunda-feira.
Em seus protestos, que têm ocorrido de forma cada vez mais frequente em Porto Alegre, Rio e São Paulo, os funcionários dizem que a Varig é mais viável que a TAM e que a empresa, de origem gaúcha, não pode ficar com apenas 5% de uma eventual nova companhia. Eles se dizem preocupados com a possibilidade de haver 5.343 demissões das 23.659 vagas existentes após a fusão -isso significaria a eliminação de 22,58% das vagas nas duas empresas. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE)


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