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Novo parcelamento de dívidas deve sair até o final do mês
Promessa do governo foi dada aos líderes dos partidos no Congresso e deve abranger débitos com a União e o INSS
Idéia é usar como base
o Paes, programa que permitiu o pagamento da dívida das empresas com
a União em até 180 meses
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo se comprometeu
com as lideranças dos partidos
no Congresso Nacional a definir até o final deste mês um novo programa para que empresas e pessoas físicas possam
parcelar suas dívidas com a
Previdência Social e a Receita
Federal.
Segundo o líder do governo
no Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR), o acerto foi feito
com o ministro Guido Mantega
(Fazenda) durante reunião ontem à tarde.
Os termos exatos do novo
programa não foram detalhados e deverão ser fechados em
novo encontro previsto para a
semana que vem.
A idéia é usar como base o
Paes -o instrumento que permitiu o parcelamento da dívida
das empresas com a União em
até 180 parcelas e ficou conhecido como "Refis 2".
No entanto, o prazo deverá
ser menor. Segundo o líder do
governo na Câmara, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP), algo em torno de 100 meses "seria razoável". "Ainda estamos
negociando. A maioria concordou em trabalhar com as mesmas regras do Paes, só que com
prazo menor", afirmou ele após
o encontro.
A preocupação do governo,
explicou, é não fazer do novo
programa um incentivo à inadimplência. Por isso, os técnicos da Fazenda irão avaliar melhor o prazo que poderá ser oferecido, assim como os juros e o
valor da multa.
Para Jucá, isso fará com que o
texto que será apresentado pelo governo seja mais "duro" do
que o do Paes. Ainda assim, ele
defende uma ação do governo.
"Hoje temos uma realidade em
que é necessário algum tipo de
parcelamento", afirmou.
"Não foi possível fechar um
acordo. O ministro mais ouviu
do que falou e as propostas foram variadas", disse Chinaglia.
Para ele, a solução a ser apresentada valerá para empresas e
pessoas físicas.
Otimistas, os líderes afirmaram que haverá uma definição
até o final deste mês por causa
das restrições impostas pela legislação eleitoral. No Ministério da Fazenda, ninguém comentou o resultado da reunião.
A assessoria do ministério informou apenas que foi acordado que apenas os líderes falariam sobre o encontro.
Mantega é contra um novo
parcelamento, pois seria uma
espécie de incentivo ao não pagamento de tributos.
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