Chilenos dizem que Brasil cumpriu exigências sanitárias nos dois Estados

Exportações brasileiras para país vizinho haviam atingido US$ 200 milhões em 2004, mas recuaram para US$ 140 mi em 2005

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Mais um dos principais importadores de carnes do Brasil retira o embargo colocado ao produto brasileiro logo após o ressurgimento da febre aftosa, em outubro do ano passado. Desta vez, foram os chilenos. A retirada do embargo é, no entanto, apenas para a carne bovina do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
O fim do embargo do Chile à carne bovina "in natura" dos dois Estados do Sul é uma resposta ao também fim do embargo que o Brasil tinha colocado às frutas chilenas.
O Chile segue o exemplo da Rússia, que também retirou o embargo, mas apenas para as carnes bovina e suína do Rio Grande do Sul.
Israel também se inclui nessa lista, mas com ampliação ainda maior dos Estados liberados. O embargo se mantém apenas para Mato Grosso do Sul e Paraná, onde ocorreu a febre aftosa.

Importância chilena
O fim do embargo chileno foi comunicado ao Ministério da Agricultura ontem pelo diretor do SAG (Servicio Agricola y Ganadero), Francisco Bahamonde Medina. Segundo Medina, o governo brasileiro apresentou documentação garantindo o cumprimento das exigências sanitárias e a situação idônea desses Estados.
Em 2004, os chilenos haviam importado US$ 200 milhões de carne bovina do Brasil, valor que recuou para US$ 140 milhões no ano passado devido ao embargo após a ocorrência da febre aftosa.
Em volume, as importações chilenas recuaram de 104 mil toneladas, em 2004, para 67 mil em 2005, quando o Chile foi o quarto maior importador de carne bovina do Brasil, superado apenas por União Européia, Rússia e Egito, segundo o Ministério da Agricultura.
Para os exportadores, Chile e Rússia já deveriam ter retirado o embargo de todos os outros Estados brasileiros livres da febre aftosa. A atitude de chilenos e russos não tem sustentação técnica, afirmam eles.


Texto Anterior: Sem capital externo, Bolsa não consegue sustentar alta
Próximo Texto: Combustíveis: Petrobras prevê economia de US$ 240 mi com novo diesel
Índice