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DÍVIDA PÚBLICA
Economia vai a esse valor se taxa cair também para títulos prefixados
País poupa R$ 10 bi com juro menor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O corte de dois pontos percentuais nos juros básicos da economia que o Banco Central promoveu no último mês poderá proporcionar uma economia de até
R$ 10 bilhões nos encargos anuais
da dívida pública.
Mas a economia só chegará a esse valor se a queda de juros atingir
também a dívida em títulos prefixados e se a taxa mais baixa não
provocar alta da cotação do dólar.
A última queda foi anunciada
anteontem pelo BC, que reduziu a
taxa de 17% para 16,5% e trocou o
viés de baixa para um viés neutro.
A queda dos juros deverá ter um
impacto imediato nos títulos que
remuneram os investidores pela
taxa Selic, que caiu de 18,5% para
16,5% anuais em um mês.
Pelo dado mais recente divulgado pelo BC, de maio passado, essa
dívida estava em R$ 275 bilhões.
Portanto, a queda dos juros deverá proporcionar economia de
cerca de R$ 5,5 bilhões anuais no
pagamento de juros dessa dívida.
No médio e longo prazos, entretanto, a economia poderá ser
maior que isso, caso a redução
dos juros provoque queda nas taxas exigidas pelos investidores
para comprar os papéis prefixados e os cambiais.
A dívida total do governo em títulos era de R$ 498 bilhões em
maio, o que significa que uma
queda de dois pontos nos juros
pode proporcionar uma economia de até R$ 10 bilhões por ano.
O grande risco é a queda da taxa
de juros provocar alta da cotação
do dólar no Brasil. Teoricamente,
a taxa de câmbio é influenciada
pelos juros internos da economia,
e quedas da taxa de juros costumam provocar alta do dólar.
A valorização de 1% no dólar
provoca um aumento de cerca de
R$ 1 bilhão na dívida atrelada a essa moeda, que em maio passado
somava R$ 105 bilhões.
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