São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006

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Mercado Aberto

Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br Vendas on-line da indústria crescem 25%

O volume de vendas eletrônicas das indústrias no Brasil superou as expectativas do setor. Foi verificado crescimento de 25% em 2005 sobre o ano anterior. A estimativa da eBusiness Brasil (Associação Brasileira de eBusiness) era de apenas 10% de expansão. No total, o volume de vendas on-line chegou a R$ 227 bilhões.
Os dados são da entidade, que compara o índice de crescimento do segmento com o PIB do país e projeta expansão das vendas em 38,23% em 2006 contra PIB de 4,5%. "Esses números mostram o aumento da conscientização das empresas quanto ao uso dos negócios eletrônicos, como uma ferramenta para a competitividade", diz Richard Lowenthal, presidente da associação.
A eBusiness Brasil constatou que o volume das vendas eletrônicas das indústrias no país já representa 34% do total realizado por elas. O número vem de pesquisa com 125 empresas de diferentes setores. O que mostrou-se mais participativo foi o farmacêutico (53,7%), seguido pelo de veículos e peças (41,4%) e o de alimentação, bebidas e fumo (30,4%).
Entre outros dados, o estudo mostra que o pedido eletrônico já é usado por 62,1% das pesquisadas. Cerca de 24,1% pretendem usá-lo em seis meses e apenas 6,9% não utilizam e não pretendem utilizá-lo.
Em relação à percepção do pedido eletrônico na produtividade das empresas, 39,6% afirmaram que houve uma mudança considerável, 30,6% notaram uma mudança sensível na produtividade, 27% acreditam que houve uma mudança total na forma de se trabalhar e apenas 2,7% disseram que não houve mudança.
A redução de custos de colocação e o recebimento dos pedidos são os principais benefícios das vendas eletrônicas para as empresas que as utilizam. "É mais lucrativo não porque aumenta as vendas, mas porque reduz os custos. É possível receber e enviar informações com mais agilidade, o que libera o tempo dos profissionais para atividades mais estratégicas", diz Lowenthal.
Apesar de todas as vantagens apontadas, cerca de 23% das empresas preferem utilizar o telefone como meio para a realização de pedidos.

CAIXA DE ENTRADA
A rede de franquias Mail Boxes Etc, que oferece serviços para escritórios como remessas, serviços de embalagens e correios internacionais, abre nesta semana escritório no Brasil, investindo R$ 5 milhões em infra-estrutura e pessoal para os primeiros 18 meses. A empresa, que tem mais de 5.700 franquias em 40 países pretende abrir 329 unidades em dez anos por aqui. "Há 13 anos operamos na América Latina, não podíamos continuar ausentes aqui", diz Kevin May, diretor executivo no Brasil.

NEGOCIAÇÃO EM MINA AVANÇA
Trabalhadores no complexo esportivo da mina Escondida, no Chile, a maior do mundo; as discussões entre grevistas e as empresas donas da mina avançaram, segundo a imprensa local

BAILE DE MÁSCARAS
A Dräger Safety, companhia alemã de equipamentos para proteção respiratória pesada e para bombeiros, está retomando a fabricação de seus produtos no Brasil depois de 14 anos. O item escolhido para a retomada é a máscara de proteção contra partículas sólidas e líquidas Piccola BR. A nova operação marca o fim de um modelo de atuação internacional do grupo Drägerwerk AG, apoiado em subsidiárias que atuavam de forma compartilhada com a Dräger Medical, líder mundial em equipamentos médicos. "Nosso objetivo, em cinco anos, é recuperar 20% do mercado brasileiro, estimado em R$ 210 milhões", diz Wolfgang Huber, presidente do Conselho da Dräger Safety do Brasil.

SAINDO DO FORNO
João Camargo, do grupo Camargo de Comunicação, promove na quarta café da manhã com empresários para comemorar o segundo ano da revista "Wish Report". O evento acontece na gráfica da revista, em SP.

ENDIVIDADO
O comprometimento da renda do consumidor com dívidas foi de 39% em agosto, contra 40% em julho, segundo a pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor que a Fecomercio-SP divulga hoje.

PAPAI NOEL
A gôndolas do Sam's Club já estão enfeitadas para o Natal. Este ano, o sortimento na seção está 50% maior. A rede tem expectativa de aumentar as vendas em pelo menos 30% em relação ao ano passado.

GESTÃO DO LUXO
Acontece entre os dias 28 e 30, em SP, a conferência Mercado de Luxo, Gestão Estratégica no Mercado Premium. O evento vai abordar modelos de negócios de empresas como Dior, Daslu, H.Stern e Fasano.

COMÉRCIO QUÍMICO
As vendas em dólares do comércio distribuidor de produtos químicos e petroquímicos registraram em julho acréscimo de 3% em relação a junho. Nos últimos dois meses, a vantagem em relação a igual período de 2005 foi de 10,4%. O desempenho, considerado fraco por empresas do setor, só teve crescimento por conta da base fraca de junho, influenciado pela Copa. Em julho, o faturamento em reais cresceu 0,8%. As vendas em dólares continuam com vantagem em relação a igual período de 2005. Para agosto, a previsão é de 6,5% de aumento.

BOVESPA
1,64%
DÓLAR
-0,92%
Na semana passada



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