CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Combater a discriminação nos supermercados, um dos setores que mais empregam no país, é o próximo alvo do Ministério Público do Trabalho, que, desde ontem, está sob o comando de Otavio Brito Lopes, novo procurador-geral do Trabalho.
Ele ficará no cargo ao menos por dois anos (pode ser reeleito por mais dois anos) em substituição à procuradora Sandra Lia Simón.
Responsável por ajuizar em 2005 uma polêmica ação civil pública contra cinco bancos por discriminação contra mulheres e negros, o procurador-chefe quer agora cruzar os dados da PEA (População Economicamente Ativa) com informações do setor supermercadista.
"Já mandamos ofícios para as grandes redes pedindo informações sobre quem são os funcionários desse setor. O que precisamos investigar é se o quadro pessoal reflete uma situação de discriminação. Se isso ficar constatado, chamaremos o setor para negociar e evitar que a questão se resolva na Justiça."
O processo contra os bancos teve uma ação "educativa" no setor. "Apesar de recorrerem individualmente, estamos negociando um acordo maior com a federação dos bancos." Entre suas prioridades estão combater a precarização do trabalho e contratar mais funcionários.

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