São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008

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Bovespa sobe 3,24%, com impulso de Vale e Petrobras

Alta de commodities valoriza papéis; dólar cai para R$ 1,62

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A queda da Bovespa acumulada no mês ainda é bem elevada. Mas, ao menos ontem, o mercado acionário teve um pregão de forte recuperação, com a Bolsa cravando alta de 3,24%, a 55.377 pontos.
Quem impulsionou a Bovespa foram as ações de siderúrgicas e da Petrobras.
A alta das commodities metálicas no exterior deu novo alento a papéis como Vale PNA (que se valorizou em 6,97%), Usiminas PNA (6,59%), Siderúrgica Nacional ON (5,36%) e Gerdau PN (5,04%).
Com a valorização de ontem, o índice Ibovespa aliviou um pouco suas perdas no mês. Em agosto, a baixa acumulada é de 6,94%.
A expectativa de que o governo chinês possa anunciar um pacote de estímulo econômico empurrou os preços das commodities metálicas no mercado internacional (leia à pág. B9).
Na Europa, as empresas de siderurgia e metalurgia também se destacaram e ajudaram as Bolsas a subirem: Londres terminou em alta de 0,97%, e Frankfurt, de 0,56%.
Nos Estados Unidos, foram registradas altas de 0,61% no índice Dow Jones e de 0,20% na Bolsa eletrônica Nasdaq.
O petróleo acabou por fechar em Nova York com alta de 0,39%, a US$ 114,98. Em Londres, a apreciação do produto foi de 0,98%. Ontem, o Departamento de Energia dos EUA divulgou que seus estoques de gasolina caíram mais que o esperado na última semana.
Mesmo que a apreciação do petróleo não tenha sido muito expressiva, as ações da Petrobras encerraram com valorização forte, de 4,89% (ordinárias) e 4,84% (preferenciais).
"Apesar da alta de hoje [ontem], as ações da Petrobras estão ainda com valores muito baixos se compararmos com os níveis em que eram negociadas há três meses. Os papéis ainda têm muito o que se recuperar", afirma Leonardo Caio, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração).
No acumulado do ano, a ação preferencial da Petrobras, a mais negociada da Bolsa paulista, registra depreciação de 22,1%. Nos últimos três meses, a queda chega a quase 35%.
A saída dos estrangeiros da Bolsa, que se arrasta desde junho, tem afetado os papéis de Petrobras, Vale e outras grandes companhias. Segundo operadores, ontem foi notada uma presença mais forte de estrangeiros na ponta de compra.
Neste mês, até o dia 15, as operações dos estrangeiros em pregão registravam saldo negativo de R$ 1,99 bilhão.
Entre as ações que não estão no Ibovespa, o destaque foi MMX ON, que disparou 30,84%, com rumores de que a empresa pode ser vendida.
O papel ON da BM&FBovespa, resultado da fusão das Bolsas, estreou com alta 7,53%.
A melhora do mercado permitiu que o câmbio se acalmasse. O dólar recuou 0,43% e terminou cotado a R$ 1,62.


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