São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008

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Azul terá 5 jatos em dezembro

Embraer afirma que aeronaves serão entregues até o final do ano à empresa

Para presidente da Embraer, alta do preço do petróleo faz com que turboélice volte a ser considerado como uma alternativa para o setor

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou ontem que a empresa entregará cinco jatos E-195 para a Azul em dezembro. A companhia do empresário David Neeleman, fundador da JetBlue, pretende adiantar sua entrada em operação para o final deste ano.
De acordo com Curado, a Azul, para obter mais aviões ainda neste ano, também está negociando com outras empresas que compraram aeronaves da fabricante brasileira.
O contrato fechado com a Azul prevê a aquisição de 36 aviões, no valor de US$ 1,4 bilhão. Há ainda opções e direito de compra de outras 40 aeronaves, o que elevaria o valor do contrato para US$ 3 bilhões.
Curado disse que o Brasil representa apenas 4% das vendas da empresa. Segundo o executivo, a participação do mercado doméstico deve crescer com as vendas para Azul e Trip.
"A Azul pode chegar a 76 aviões. A Trip está começando com a compra de cinco aviões e ainda tem opções. Temos certos 41 aviões entrando no mercado brasileiro em três anos, isso é uma pequena revolução na frota que temos hoje. Esse número pode chegar a quase cem aviões em cinco ou seis anos."
Na avaliação do executivo, o setor teve uma involução com a concentração em um número pequeno de empresas e a disputa por rotas mais rentáveis, afirmou, em referência a Gol e TAM, que dominam cerca de 90% do mercado doméstico.
"A partir do momento em que se explorarem melhor as rotas secundárias, vai começar uma grande mudança no país", disse, em referência ao modelo de negócio proposto pela Azul, de vôos diretos entre capitais em que, hoje, o passageiro precisa fazer uma escala ou uma conexão em um grande centro.
Segundo Curado, a Embraer é hoje a terceira maior exportadora do país. No ano passado, a receita líquida da empresa foi de US$ 5,245 bilhões. Para este ano, a projeção é de US$ 6,5 bilhões, e, em 2009, o montante deve subir para US$ 7,1 bilhões.
Ele disse ainda que o aumento no preço do petróleo fez com que o turboélice voltasse a ser visto como uma alternativa, embora a Embraer não tenha estudos em andamento para a fabricação de um novo modelo desse tipo de avião.


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