São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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PREÇOS

Com aumento dos combustíveis, IPC tem alta de 0,03%

Fase de deflação em São Paulo já chegou ao fim, afirma a Fipe

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os produtos agrícolas estão em queda e, em alguns casos, como o dos "in natura", houve até o aprofundamento desse recuo de preços. Apesar disso, terminou a fase da deflação em São Paulo.
Nos últimos 30 dias até 15 deste mês, os preços subiram, em média, 0,03%, após terem caído 0,20% em agosto. Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A alta de 0,03% pode ser considerada uma estabilidade dos preços.
Um dos principais fatores para o fim da deflação foi o reajuste dos combustíveis. A gasolina, quinto maior item de peso no bolso do paulistano entre 525 pesquisados, já acumula alta de 7,6%. O diesel, com peso menor, subiu 9,6%.
Os combustíveis, no entanto, não são os únicos a puxar para cima a taxa de inflação. Paulo Picchetti, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, diz que os aumentos se espalharam por vários setores.
A pesquisa mais recente da Fipe apontou que 55% dos produtos e serviços pesquisados pela instituição tiveram reajustes de preço, percentual superior aos 44% de há cinco semanas. Entre os novos produtos que passaram a pesar no bolso dos paulistanos estão os remédios (0,62%), os serviços laboratoriais (1,13%) e os contratos de assistência médica (2,58%).
A pesquisa da Fipe constatou ainda que houve aceleração no ritmo de aumentos no setor de vestuário. As roupas de mulher ficaram 1,29% mais caras.
Picchetti diz que esse aumento maior de produtos mostra que existe uma inflação constante, mas que está sendo "abafada" pela queda dos alimentos. A pressão inflacionária, no entanto, apesar de constante, é pequena.
Mesmo no setor de alimentos, que mostra queda média de 1,14%, os produtos industrializados já começam a subir.
Devido ao número maior de produtos em alta, Picchetti acredita que a taxa de inflação deste mês ficará em 0,45%. Apesar desse aumento, ele mantém a previsão de 5% para o ano. "O reajuste no preço dos combustíveis já estava previsto nessa taxa de 5%."


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