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PREÇOS
Com aumento dos combustíveis, IPC tem alta de 0,03%
Fase de deflação em São Paulo já chegou ao fim, afirma a Fipe
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
Os produtos agrícolas estão em
queda e, em alguns casos, como o
dos "in natura", houve até o aprofundamento desse recuo de preços. Apesar disso, terminou a fase
da deflação em São Paulo.
Nos últimos 30 dias até 15 deste
mês, os preços subiram, em média, 0,03%, após terem caído
0,20% em agosto. Os dados são da
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A alta de
0,03% pode ser considerada uma
estabilidade dos preços.
Um dos principais fatores para
o fim da deflação foi o reajuste dos
combustíveis. A gasolina, quinto
maior item de peso no bolso do
paulistano entre 525 pesquisados,
já acumula alta de 7,6%. O diesel,
com peso menor, subiu 9,6%.
Os combustíveis, no entanto,
não são os únicos a puxar para cima a taxa de inflação. Paulo Picchetti, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da
Fipe, diz que os aumentos se espalharam por vários setores.
A pesquisa mais recente da Fipe
apontou que 55% dos produtos e
serviços pesquisados pela instituição tiveram reajustes de preço,
percentual superior aos 44% de
há cinco semanas. Entre os novos
produtos que passaram a pesar
no bolso dos paulistanos estão os
remédios (0,62%), os serviços laboratoriais (1,13%) e os contratos
de assistência médica (2,58%).
A pesquisa da Fipe constatou
ainda que houve aceleração no
ritmo de aumentos no setor de
vestuário. As roupas de mulher ficaram 1,29% mais caras.
Picchetti diz que esse aumento
maior de produtos mostra que
existe uma inflação constante,
mas que está sendo "abafada" pela queda dos alimentos. A pressão
inflacionária, no entanto, apesar
de constante, é pequena.
Mesmo no setor de alimentos,
que mostra queda média de
1,14%, os produtos industrializados já começam a subir.
Devido ao número maior de
produtos em alta, Picchetti acredita que a taxa de inflação deste
mês ficará em 0,45%. Apesar desse aumento, ele mantém a previsão de 5% para o ano. "O reajuste
no preço dos combustíveis já estava previsto nessa taxa de 5%."
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