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Petrobras descumprirá meta de 2005
DA SUCURSAL DO RIO
Em razão do atraso em alguns
projetos, especialmente de plataformas, a Petrobras não cumprirá, neste ano, sua meta de investir
R$ 29 bilhões. O diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, estima que 90% desse valor será desembolsado pela companhia
em 2005. No primeiro semestre, a
Petrobras realizou investimentos
de R$ 11 bilhões. Restam R$ 18 bilhões para os seis últimos meses
do ano, mas a cifra não deve ser
alcançada.
Segundo Barbassa, "um dos
motivos" para o não-cumprimento da previsão é o atraso nos
cronogramas de obras de algumas plataformas, como a P-50 e a
P-34. "Mas esses atrasos são comuns em toda a indústria. Não
são uma exclusividade da Petrobras. Eles ocorrem por causa da
complexidade dos projetos."
Estão em curso atualmente nove projetos de construção de plataformas de produção de óleo e
gás. Três deles são executados integralmente no Brasil -P-51, P-52 e P-54. Além das plataformas,
outros projetos de menor porte
também sofreram atraso, de acordo com o diretor, o que contribui
para a expectativa de não atingir a
meta de investimentos programada para 2005.
Barbassa disse que há um esforço na companhia para alcançar o
objetivo, mas ele reconheceu que
é "um desafio grande" desembolsar todo o volume de recursos
previstos para este ano.
O executivo anunciou também
dois novos empreendimentos da
companhia. A estatal construirá
um dique seco (espécie de canteiro de obras para a montagem de
navios e plataformas), orçado em
US$ 80 milhões. Para o projeto, a
Petrobras conclamou, por meio
de carta-convite, dez empreiteiras
a apresentarem proposta.
Barbassa afirmou que a Petrobras não atuará como estaleiro.
Tomou a decisão de investir no
dique, diz, porque há uma carência de infra-estrutura para a construção naval em um momento em
que o mercado de equipamentos
de petróleo está muito aquecido.
A Petrobras irá arrendar o dique
aos estaleiros por ela contratada
para a construção e reforma de
plataformas.
A Petrobras também lançará
uma licitação ainda neste ano para a construção de uma plataforma de perfuração, já que o arrendamento do equipamento teve alta. Seu aluguel custava US$ 180
mil por dia há pouco mais de dois
anos. Hoje, não sai por menos de
US$ 500 mil a diária, informou
Barbassa.
(PEDRO SOARES)
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