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PARALISAÇÃO
Empresa aceita termos do TST, mas grevistas farão assembléias
Sai proposta para greve dos Correios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A audiência de conciliação entre os Correios e representantes
dos trabalhadores em greve terminou ontem no Tribunal Superior do Trabalho com uma nova
proposta do presidente do órgão,
ministro Vantuil Abdala, que espera resposta até as 14h30 de hoje.
A proposta de conciliação prevê
abono de R$ 800, 8,5% de reajuste
a partir de 1º de agosto e outros
3,61% em fevereiro.
Também prevê a reposição dos
dias parados em sistema a ser
acordado entre os Correios e os
trabalhadores. A empresa também se compromete a não punir
nem retaliar os participantes do
movimento.
Os Correios já divulgaram que
aceitam a proposta. Já o Comando Nacional de Negociação, ligado à Fentect (Federação Nacional
dos Trabalhadores dos Correios),
está dividido. Assembléias serão
realizadas na manhã de hoje para
definir a posição da categoria.
Os trabalhadores iniciaram a
paralisação pedindo reajuste real
de 20%, reposição da inflação pelo IPCA (5,67%) até agosto e elevação do piso salarial de R$ 448
para R$ 931.
Grevistas e Correios apresentam números bem distintos da
paralisação. Os trabalhadores dizem que a greve atingiu entre 70%
e 80% dos funcionários da estatal,
já a empresa calculava entre
9,44% e 12%.
Os Correios estimam que o movimento tenha atrasado a entrega
de 6 milhões de cartas e encomendas. O prejuízo calculado pela
empresa por dia de paralisação é
de R$ 20 milhões.
Atrasos
A greve completa hoje uma semana, e quem recebe boleto de
cobrança pelos Correios pode ver
o documento chegar após o vencimento da conta. Nesse caso, o
consumidor não pode ser punido
com o pagamento de multa.
Mas órgãos de defesa do consumidor, como o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do
Consumidor), do Ministério da
Justiça, o Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor) e a
Andecon (Associação Nacional
de Defesa do Consumidor),
orientam que o consumidor entre
em contato com a empresa para
tentar negociar uma nova forma
de pagamento.
O DPDC orienta que o consumidor anote os dados referentes
ao contato com a empresa, como
nome da pessoa que o atendeu e o
número da ocorrência.
A proposta, que pode ser pagamento por meio da internet ou
em um estabelecimento da empresa ou ainda depósito em uma
conta indicada, não precisa ser
aceita se o consumidor considerar
que não é favorável. Nesse caso,
ele deve esperar a chegada do boleto para quitar a conta.
A tendência, afirmam os órgãos
de defesa do consumidor, é que as
empresas decidam prolongar o
prazo de vencimento das contas,
como em greves anteriores.
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