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PECUÁRIA
Para ruralistas, financiamento é um afrontamento
UDR pede anulação de empréstimo a Friboi para negócio na Argentina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A UDR (União Democrática
Ruralista) entrou ontem com a representação no Ministério Público Federal em São Paulo por causa do financiamento dado pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para que o grupo Friboi adquirisse o controle acionário da
Swift Armour S.A. Argentina.
Os ruralistas consideram um
afrontamento à ordem econômica brasileira a liberação de US$ 80
milhões e pretendem que o empréstimo seja anulado.
O papel do BNDES, de acordo
com a entidade, é gerar emprego e
riqueza no Brasil.
"O Friboi vai fazer um trampolim na Argentina", afirmou o presidente da UDR, Luiz Antonio
Nabhan Garcia, para quem o frigorífico vai exportar carne "in natura", com carga tributária quase
zero, para a Argentina. Lá a carne
seria processada e exportada para
outros países com a marca "made
in Argentina". "Ou seja, a carne
brasileira vai dar credibilidade
aos outros."
Garcia também afirmou que
com US$ 80 milhões é possível
construir inúmeras unidades frigoríficas no país.
A negociação entre o Friboi e a
Swift foi anunciada oficialmente
no início do mês. Juntas, as empresas respondem por mais de
50% da demanda mundial de derivados de carne industrializados.
O BNDES divulgou, por meio
de sua assessoria de imprensa,
não conhecer os termos da representação. Apesar de dizer que não
se manifestaria, afirmou que o financiamento foi aprovado obedecendo todos os procedimentos
do banco.
Também por meio da assessoria
de imprensa, o grupo Friboi afirmou que desconhece o teor do
documento da União Democrática Ruralista e que vai se pronunciar oportunamente, se for necessário.
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