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Bolsa de SP termina a semana em baixa de 0,5%
Apesar disso, valorização da Bovespa neste mês é de 6%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa interrompeu uma
seqüência de três semanas seguidas de alta. Nesta semana, a
Bolsa de Valores paulista acumulou baixa de 0,54%.
Mas, mesmo com essa queda,
a Bovespa ainda registra valorização de 6,02% no mês.
A queda de 0,71% de ontem
foi a responsável pelo fato de a
Bolsa de Valores de São Paulo
fechar a semana no vermelho.
Foram 42 as baixas dentre as
56 ações que compõem o Ibovespa -a principal referência
do mercado acionário brasileiro- na semana.
Com as altas recentes e a falta de novidades econômicas
positivas, a opção de muitos investidores foi a de embolsar lucros acumulados.
A Bovespa chegou a operar
em alta, de 0,10%, na primeira
hora do pregão de ontem. Mas,
com o mercado norte-americano mais fraco, a Bolsa não teve
ânimo para se sustentar em
terreno positivo.
Após atingir pontuação recorde na quinta-feira, o índice
Dow Jones, o principal da Bolsa
de Nova York, terminou ontem
com baixa de 0,08%.
A queda das ações da Petrobras acabou pesando no resultado do pregão de ontem. Os
papéis da petrolífera, que responderam por 20% do volume
total negociado na Bolsa ontem, caíram 1,53% (preferencial) e 1,25% (ordinário).
Na semana, a ação preferencial do Pão de Açúcar foi a que
melhor retorno deu -acumulou valorização de 8,45%. Em
seguida ficou o papel preferencial "A" da Braskem, que subiu
6,01%.
Já a ação PNA da Comgás foi
a que mais decepcionou, registrando queda semanal de
7,51%, seguida por Light ON,
que recuou 5,82%.
A redução da taxa básica de
juros da economia, a Selic, não
chegou a ter impacto nas operações do mercado nos últimos
dias. Isso porque o corte de
0,50 ponto percentual na Selic,
anunciado na quarta-feira pelo
Copom (Comitê de Política
Monetária do BC), já era amplamente esperado pelos investidores. A Selic foi reduzida de
14,25% para 13,75%.
A dúvida agora fica por conta
da última reunião do Copom do
ano, que acontecerá no fim de
novembro. O mercado ainda
está dividido entre a parcela
que conta com mais uma redução de 0,50 ponto e os que afirmam que o Copom deve ser um
pouco mais conservador e cortar a taxa básica em apenas 0,25
ponto percentual.
Após a decisão do Copom, a
taxa do contrato DI -Depósito
Interfinanceiro, que aponta as
expectativas futuras- que vence na virada do ano caiu de
13,58% para 13,49% na BM&F.
Até a próxima quinta-feira,
quando será divulgada a ata da
reunião do Copom, o mercado
de juros da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) deve
oscilar pouco.
A ata trará informações sobre os motivos que levaram os
integrantes do Copom a optarem pela redução de 0,50 ponto
na Selic. O documento poderá
dar sinais sobre o futuro da política monetária.
Câmbio
Mesmo com a atuação do
Banco Central, que realizou
ontem leilão para ofertar contratos de "swap cambial reverso", o dólar terminou o dia em
baixa de 0,05%. A moeda norte-americana ficou cotada a
R$ 2,14 ontem.
O BC vendeu aproximadamente US$ 1,195 bilhão em papéis de "swap cambial reverso".
Esse tipo de papel tem o efeito
de uma compra de dólares no
mercado futuro, ajudando, assim, a pressionar o valor da
moeda estrangeira. A autoridade monetária também comprou moeda diretamente das
instituições financeiras.
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