São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2006

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Bolsa de SP termina a semana em baixa de 0,5%

Apesar disso, valorização da Bovespa neste mês é de 6%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa interrompeu uma seqüência de três semanas seguidas de alta. Nesta semana, a Bolsa de Valores paulista acumulou baixa de 0,54%.
Mas, mesmo com essa queda, a Bovespa ainda registra valorização de 6,02% no mês.
A queda de 0,71% de ontem foi a responsável pelo fato de a Bolsa de Valores de São Paulo fechar a semana no vermelho. Foram 42 as baixas dentre as 56 ações que compõem o Ibovespa -a principal referência do mercado acionário brasileiro- na semana.
Com as altas recentes e a falta de novidades econômicas positivas, a opção de muitos investidores foi a de embolsar lucros acumulados.
A Bovespa chegou a operar em alta, de 0,10%, na primeira hora do pregão de ontem. Mas, com o mercado norte-americano mais fraco, a Bolsa não teve ânimo para se sustentar em terreno positivo.
Após atingir pontuação recorde na quinta-feira, o índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, terminou ontem com baixa de 0,08%.
A queda das ações da Petrobras acabou pesando no resultado do pregão de ontem. Os papéis da petrolífera, que responderam por 20% do volume total negociado na Bolsa ontem, caíram 1,53% (preferencial) e 1,25% (ordinário).
Na semana, a ação preferencial do Pão de Açúcar foi a que melhor retorno deu -acumulou valorização de 8,45%. Em seguida ficou o papel preferencial "A" da Braskem, que subiu 6,01%.
Já a ação PNA da Comgás foi a que mais decepcionou, registrando queda semanal de 7,51%, seguida por Light ON, que recuou 5,82%.
A redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, não chegou a ter impacto nas operações do mercado nos últimos dias. Isso porque o corte de 0,50 ponto percentual na Selic, anunciado na quarta-feira pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC), já era amplamente esperado pelos investidores. A Selic foi reduzida de 14,25% para 13,75%.
A dúvida agora fica por conta da última reunião do Copom do ano, que acontecerá no fim de novembro. O mercado ainda está dividido entre a parcela que conta com mais uma redução de 0,50 ponto e os que afirmam que o Copom deve ser um pouco mais conservador e cortar a taxa básica em apenas 0,25 ponto percentual.
Após a decisão do Copom, a taxa do contrato DI -Depósito Interfinanceiro, que aponta as expectativas futuras- que vence na virada do ano caiu de 13,58% para 13,49% na BM&F.
Até a próxima quinta-feira, quando será divulgada a ata da reunião do Copom, o mercado de juros da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) deve oscilar pouco.
A ata trará informações sobre os motivos que levaram os integrantes do Copom a optarem pela redução de 0,50 ponto na Selic. O documento poderá dar sinais sobre o futuro da política monetária.

Câmbio
Mesmo com a atuação do Banco Central, que realizou ontem leilão para ofertar contratos de "swap cambial reverso", o dólar terminou o dia em baixa de 0,05%. A moeda norte-americana ficou cotada a R$ 2,14 ontem.
O BC vendeu aproximadamente US$ 1,195 bilhão em papéis de "swap cambial reverso". Esse tipo de papel tem o efeito de uma compra de dólares no mercado futuro, ajudando, assim, a pressionar o valor da moeda estrangeira. A autoridade monetária também comprou moeda diretamente das instituições financeiras.


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