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Meta de inflação segue como prioridade, diz BC
DA REPORTAGEM LOCAL
A uma semana da penúltima
reunião do Copom no ano, o
presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, afirmou
que a meta de inflação segue no
centro das preocupações, apesar da pressão por uma parada
no ciclo de elevações da taxa
básica Selic por causa da crise.
"Engana-se quem vê nas medidas adotadas pelo Banco
Central uma mudança na sua
estratégia de atuação", disse.
"Temos um compromisso com
o regime de metas de inflação.
É importante que isso esteja
bem claro para a sociedade."
Devido à piora da crise internacional, que levou BCs como o
dos EUA e o europeu a reduzirem juros, muitos analistas
passaram a avaliar como possível que o Copom (Comitê de
Política Monetária) mantenha
a Selic em 13,75% em sua próxima reunião. Mesmo pessoas
dentro do governo defendem a
interrupção do ciclo atual de alta dos juros, iniciado em abril.
"As decisões do Copom continuarão a ser condicionadas
pelas nossas projeções para a
inflação e o balanço de riscos
associados a essas projeções, e
levarão em conta todos os desenvolvimentos recentes dos
mercado", afirmou Meirelles.
Presente à cerimônia de posse da nova diretoria da Anbid,
ele disse também que o governo tem hoje um arsenal para
prover liquidez de forma adequada ao sistema por ter acumulado antes um expressivo
volume de reservas. "Nossa tão
criticada acumulação de reservas, sem prejuízo da necessária
flexibilidade cambial, mostra-se hoje providencial."
À noite, em outro evento em
São Paulo, Meirelles defendeu
a política do BC em relação aos
compulsórios dos bancos.
"Criticavam os compulsórios, como sendo altos demais.
Mas vimos que se trata de uma
excelente medida para garantir
liquidez no sistema".
Por fim, o presidente do BC
afirmou que o país não está
imune à crise, mas "hoje está
preparado para enfrentá-la".
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