São Paulo, quarta-feira, 21 de novembro de 2007

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Nível dos reservatórios não deve evitar acionamento de termelétricas em janeiro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O nível dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste não deve se recuperar até janeiro do ano que vem a ponto de evitar o acionamento das usinas termelétricas, segundo os critérios de risco em vigor no setor elétrico. Esses critérios poderão ser mudados para evitar que as usinas sejam ligadas e haja nova crise de fornecimento de gás.
Atualmente, os reservatórios estão com 50,2% de sua capacidade. Em janeiro, para que as termelétricas não fossem acionadas, teriam que estar bem mais cheios, com 61% da capacidade total, o que é considerado muito pouco provável por técnicos do setor.
De acordo com a regulamentação que estabelece as regras para acionamento das usinas, sempre que o nível dos reservatórios das hidrelétricas se reduz a um um ponto de risco, as termelétricas precisam ser ligadas. Esse ponto é definido por um mecanismo chamado "curva de aversão ao risco", na qual estão definidos percentuais mínimos de armazenamento de água nos reservatórios ao longo do ano.
Acionar todas as termelétricas disponíveis em janeiro poderá provocar outra crise de abastecimento de gás natural, como a verificada no final de outubro no Rio de Janeiro. Isso acontece porque não há gás suficiente para as termelétricas, indústrias e automóveis simultaneamente.
Ontem, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) colocou em consulta pública nova "curva de aversão ao risco". Caso a nova versão da "curva" seja mais amena, será possível não acionar as termelétricas.

Chuvas
A possibilidade de ter que acionar as termelétricas existe por dois motivos. Um deles é o atraso no início do período de chuvas, que deveriam ter começado no início de novembro. Outro é a mudança de patamar da "curva de aversão ao risco", provocada pela falta de gás natural para termelétricas.


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