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Nível dos reservatórios não deve evitar acionamento de termelétricas em janeiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O nível dos reservatórios das
hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste não deve
se recuperar até janeiro do ano
que vem a ponto de evitar o
acionamento das usinas termelétricas, segundo os critérios de
risco em vigor no setor elétrico.
Esses critérios poderão ser mudados para evitar que as usinas
sejam ligadas e haja nova crise
de fornecimento de gás.
Atualmente, os reservatórios
estão com 50,2% de sua capacidade. Em janeiro, para que as
termelétricas não fossem acionadas, teriam que estar bem
mais cheios, com 61% da capacidade total, o que é considerado muito pouco provável por
técnicos do setor.
De acordo com a regulamentação que estabelece as regras
para acionamento das usinas,
sempre que o nível dos reservatórios das hidrelétricas se reduz a um um ponto de risco, as
termelétricas precisam ser ligadas. Esse ponto é definido
por um mecanismo chamado
"curva de aversão ao risco", na
qual estão definidos percentuais mínimos de armazenamento de água nos reservatórios ao longo do ano.
Acionar todas as termelétricas disponíveis em janeiro poderá provocar outra crise de
abastecimento de gás natural,
como a verificada no final de
outubro no Rio de Janeiro. Isso
acontece porque não há gás suficiente para as termelétricas,
indústrias e automóveis simultaneamente.
Ontem, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) colocou em consulta pública nova
"curva de aversão ao risco". Caso a nova versão da "curva" seja
mais amena, será possível não
acionar as termelétricas.
Chuvas
A possibilidade de ter que
acionar as termelétricas existe
por dois motivos. Um deles é o
atraso no início do período de
chuvas, que deveriam ter começado no início de novembro.
Outro é a mudança de patamar
da "curva de aversão ao risco",
provocada pela falta de gás natural para termelétricas.
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