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Sindicato exige a manutenção dos empregos
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários se reúnem hoje
com representantes do Banco
do Brasil, em Brasília, para negociar a manutenção do nível
de emprego, o não-fechamento
de agências e a ampliação de direitos trabalhistas após o anúncio de que o banco federal fechou a compra da Nossa Caixa.
"Se o Banco do Brasil não formalizar por escrito a garantia
de que irá manter o nível de
emprego nas duas instituições,
vamos recorrer à Assembléia
Legislativa de São Paulo e pedir
aos deputados que só autorizem a operação se houver essa
cláusula por escrito", afirma
Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (filiado à CUT).
O sindicalista afirma que há
um compromisso "verbal" feito
há seis meses pelo presidente
do BB, Antonio Francisco de
Lima Neto, de preservação de
empregos, quando saíram as
primeiras notícias de que o BB
estava interessado em adquirir
o banco estadual.
Segundo o sindicato, a manutenção de emprego deve ser
concedida a 15 mil funcionários
da Nossa Caixa e a 93 mil do
Banco do Brasil -incluindo os
trabalhadores de empresas coligadas. Os números de trabalhadores, segundo as duas instituições, são 14,3 mil no banco
estadual e 88,7 mil no federal.
Na pauta da reunião de hoje
com representantes do Banco
do Brasil está, além da preservação de empregos, a unificação de direitos, como planos de
cargos e salário, fundos de pensão e programas de assistência
médica. "Defendemos que o
que for mais vantajoso para os
trabalhadores prevaleça. Não
pode haver perdas de direito",
afirma Marcolino.
Em relação ao fechamento
de ao menos 30 agências que
podem ocorrer em um primeiro momento, o sindicalista afirma que não há objeção do sindicato, desde que sejam realocadas para outros locais e mantidos os empregos.
"Pode haver uma decisão de
fechar em um bairro, mas tem
de abrir em outro. Sem que isso
implique fechamento de postos
de trabalho", afirma.
Segundo Marcolino, o sindicato quer acompanhar o processo de integração entre as
duas instituições e espera que
os recursos recebidos com a
venda da Nossa Caixa sejam
usados para implementar principalmente o crédito. "Nesse
momento é fundamental que
os recursos sejam aplicados para incrementar o crédito."
Mauro Ricardo Machado
Costa, secretário estadual da
Fazenda, disse em entrevista
coletiva à imprensa que o assunto foi tratado durante a negociação com o BB. "Houve o
compromisso formal assumido
por parte do BB de integração
total dos quadros de pessoal da
Nossa Caixa", afirmou.
Lima Neto, em outra coletiva, não deu nenhuma garantia.
Segundo ele, as 30 agências que
podem ser fechadas se localizam em cidades pequenas.
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