São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Além da valorização entre segunda e ontem, volume negociado está próximo de R$ 1 bi desde quarta

Em semana de altas, Bovespa sobe 8,7%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa praticamente ignorou as notícias negativas do dia e fechou com o Ibovespa em alta de 2,52%, aos 11.489 pontos. A Bolsa, que teve alta em todos os dias desta semana, fechou com valorização acumulada de 8,7%.
Para Fábio Watanabe do banco Fibra, se não fosse o anúncio da ruptura entre o PT e o PMDB, a Bolsa poderia ter subido mais de 3%. "A Bovespa está operando em um ritmo otimista e o mercado lá fora ajudou, mas a notícia impactou o mercado."
Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subiu 1,78% e a Bolsa eletrônica Nasdaq teve ganho de 0,7%.
Além da sequência de cinco altas, o volume de R$ 977,5 milhões chamou a atenção dos investidores, principalmente por ser final do ano e porque desde quarta-feira o volume fica próximo de R$ 1 bilhão, muito superior à média dos últimos meses.
A notícia de que o banco norte-americano Bear Stearns elevou a recomendação de alocação de carteiras em ações brasileiras de "abaixo da média do mercado" para "na média do mercado" também colaborou para que a Bovespa permanecesse em alta.
Para um dos operadores, apesar da recomendação do banco não ter grande influência no mercado interno, ajuda os investidores internacionais a olharem com "melhores olhos" a opção de voltar a investir no Brasil.
Segundo Alvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora, o mercado, no momento, está refletindo uma má avaliação anterior dos ativos, que caíram muito de preço e agora estão se recuperando.
"Com a diminuição dos vencimentos de empresas no próximo trimestre e a volta das linhas de crédito, poderemos ter ótimas oportunidades de investimentos", disse Bandeira.
As maiores oscilações do dia não estiveram concentradas em nenhum setor específico. A ação PNB da Copel terminou o pregão com valorização de 14%. As outras maiores oscilações positivas foram Embratel Participações PN (8,7%), Cemig PN (7,8%) e Braskem PNA (7,7%).
Das dez ações mais transacionadas, a única que fechou em baixa foi Telesp Celular PN, puxada pela realização de lucros devido à forte valorização dos últimos dias.
As maiores baixas foram Siderúrgica Tubarão PN (3,6%), Klabin PN (1,9%) e Tractebel ON (1,6%). (GEORGIA CARAPETKOV)


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