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ÁGUIA EM TRANSE
Para presidente do Fed, inflação seria melhor que deflação; ele não espera impulso grande em 2003
Para Greenspan, EUA vão emperrar
DA REDAÇÃO
As tensões globais estão emperrando a economia norte-americana, de acordo com Alan Greenspan, 76, o presidente do Federal
Reserve (o banco central dos
EUA). Como consequência, não
se espera do país um vigoroso
crescimento no ano que vem.
Em um discurso preparado para um encontro no Clube Econômico de Nova York, na quinta-feira à noite, o presidente do Fed disse que a deflação representaria
uma ameaça maior para a economia do que a inflação. Por outro
lado, Greenspan disse que não
tem como consideráveis as chances de os EUA enfrentarem uma
queda prolongada e generalizada
nos preços como consequência da
estagnação econômica.
De acordo com a principal autoridade monetária dos EUA, os últimos indicadores sinalizam que a
economia está deixando o "momento de fraqueza" pelo qual passou nos últimos meses. Greenspan deu como exemplo a resistência do consumo das famílias norte-americanas e a melhora nos balanços das empresas.
"Os EUA estão longe de cair em
uma deflação perniciosa", afirmou. Greenspan disse que o Fed
teria instrumentos para evitar tal
fenômeno. "Há opções para uma
resposta com uma política monetária agressiva."
Sem mencionar o Iraque, o presidente do Fed disse que os riscos
geopolíticos cresceram de maneira significativa recentemente.
Mas, assim que tais incertezas se
dissipem, a economia estaria
pronta para recuperar um ritmo
de crescimento mais acelerado.
Ainda de acordo com Greenspan, as baixas taxas de juros e os
avanços em produtividade têm
dado o suporte necessário para a
manutenção da atividade econômica, contrabalançando os efeitos
negativos dos escândalos contábeis, da queda nos preços das
ações e dos riscos geopolíticos.
O tom ligeiramente otimista de
Greenspan ajudou as Bolsas a recuperarem parte das perdas sofridas na semana. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subiu
1,76%, e a Nasdaq, 0,71%.
PIB em linha
Números revisados, divulgados
ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA, mostraram que
o PIB (Produto Interno Bruto) do
país cresceu a um ritmo anualizado de 4% no terceiro trimestre. A
taxa é idêntica à da estimativa divulgada no mês passado.
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