São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Ritmo menor
O reajuste médio dos produtos agrícolas continua elevado no Estado de São Paulo, mas já em ritmo menor do que nas semanas anteriores. Acompanhamento do Instituto de Economia Agrícola indica que os preços subiram 2,77% no campo nos últimos 30 dias. Nas semanas imediatamente anteriores, as altas haviam sido de 5,34% e 3,94%, respectivamente.

Pressão no café
Dois produtos se destacam: ovos (18%) e café (16%). No caso do café, a pressão já começa a preocupar as indústrias. Cálculos da Abic mostram que o produto utilizado pelas indústrias já acumula valorização de 17% desde outubro, enquanto o café torrado e moído teve reajuste de 2,2% nas gôndolas dos supermercados.

Quedas
Dos 18 produtos acompanhados semanalmente pelo IEA, 12 tiveram quedas no relatório divulgado ontem. Nelson Martin, coordenador da pesquisa, destaca as quedas da batata (41%), arroz (9%) e soja (8%).

Muito arroz
A proximidade da nova safra e o excesso de arroz nas cooperativas do Rio Grande do Sul continuam derrubando os preços do cereal nas principais praças de comercialização. Segundo pesquisa da Folha, o arroz chegou a ser negociado a R$ 22 em Uruguaiana. Em 30 dias, o cereal baixou 15,1%.

Fim da formação de estoques
Os frigoríficos diminuíram o ritmo das compras de carne suína devido à proximidade das festas de fim de ano. Sem os frigoríficos no mercado, a pressão sobre os preços diminuiu. Nos últimos sete dias, a carne recuou 2%.

Novo recuo
Seguindo a tendência da semana passada, o mercado de frango abriu em baixa ontem em São Paulo. A redução nos preços é explicada pelas fracas vendas ocorridas nas últimas semanas e pela boa quantidade de frango ofertado para abate. O quilo da ave viva foi negociado a R$ 1,60 nas granjas paulistas, com queda de 15,8% no mês.

Desaceleração normal
As exportações de carne, que iniciaram o mês aquecidas, estão bem menores nesta segunda quinzena. Mesmo assim, os valores médios do mês -US$ 27,2 milhões por dia- superam em 38% os do mesmo período de 2003, segundo a Secex.

Caminho contrário
As exportações de soja fizeram caminho contrário ao das carnes. Começaram o mês com patamares baixos, mas já atingem média diária de US$ 14 milhões, com aumento de 76% em relação às do mesmo período de 2003. Na semana passada a média diária de exportações foi de US$ 19 milhões.

Menos gastos
Entre as importações, a maior queda é a do trigo. Neste mês, os gastos diários são de US$ 4,2 milhões, 40% menores do que os de igual período de 2003. A boa safra brasileira inibiu as importações.

Importações russas
Segundo a MLA, da Austrália, 4% das importações russas de carne bovina de 2002 eram do Brasil, e 58% da União Européia. Neste ano, 25% são do Brasil e 38% dos europeus.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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