São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006 |
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Vaivém das commodities mzafalon@folhasp.com.br SAFRA EM DEZ ANOS Estudo divulgado ontem pelo ministro da Agricultura, Guedes Pinto, mostra que o Brasil continuará com grande participação e importância nos mercados mundiais de grãos e de carnes nos próximos dez anos, mas alguns dados -como os do milho- são um pouco acanhados em relação ao país. NÚMEROS ACANHADOS Na estimativa do milho, ao indicar maior participação dos EUA nas exportações em 2016, o estudo contraria o mercado. Com o avanço da produção de etanol, os norte-americanos vão reduzir essa participação, abrindo espaço para os brasileiros, mostram análises atuais. LÍDER O estudo, que é de várias entidades ligadas ao setor, mostra que o Brasil manterá liderança em produção ou exportação de soja, açúcar e carnes, aumentando a participação no mercado internacional em outros. DADOS INTERNOS A safra brasileira de grãos é estimada em 148 milhões de toneladas em 2016. Os cereais básicos -arroz e feijão- têm pouca mudança na produção, em relação aos dados atuais, o que não ocorrerá com os demais grãos. TRIGO SOBE MAIS A safra nacional de trigo deverá atingir 7,5 milhões de toneladas (mais 53%), para um consumo de 13,9 milhões. Já a produção de soja vai a 72,4 milhões (mais 30%) e a de milho, a 51,5 milhões (mais 26%). RECORDE NA CANA A safra 2006/7 de cana-de-açúcar deverá atingir o recorde de 371 milhões de toneladas na região centro-sul, com aumento de 10% em relação à anterior, informou ontem a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). Com isso, as produções de açúcar e de álcool também serão recordes. SAFRA ALCOOLEIRA Do total a ser utilizado pelas usinas, 50,4% serão destinados à produção de álcool, ficando o restante para açúcar. A produção de álcool deverá atingir 15,9 bilhões de litros, 11% mais do que na safra anterior. Já a produção de açúcar deverá subir para 25,8 milhões de toneladas, com alta de 17%. CENÁRIO Embora evite fazer comentários sobre a próxima safra, a diretoria da Unica afirmou à Reuters que a fatia da produção destinada ao álcool aumentará, com o mercado interno do combustível figurando como a "mola propulsora" do setor. INVESTIMENTOS O setor sucroalcooleiro deverá investir cerca de R$ 15 bilhões nos próximos seis anos. Esses investimentos têm como fundamento básico o crescimento do mercado interno, segundo Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica. Texto Anterior: Mercado 2: Bolsa de NY decide se unir com Euronext Próximo Texto: Tailândia se recupera após tombo Índice |
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