|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com expansão econômica, cresce parcela de trabalhadores com carteira assinada
DA SUCURSAL DO RIO
Na esteira da melhora do
mercado de trabalho e do
maior crescimento da economia, aumenta a formalização.
Em novembro o número de trabalhadores com carteira assinada subiu 1,5% ante outubro.
O percentual corresponde a 137
mil pessoas a mais empregadas
formalmente. Ou seja, a maior
parte dos que conseguiram um
emprego em novembro (147
mil) ingressou no mercado protegidas pelas leis trabalhistas.
Na comparação com novembro de 2006, os resultados são
ainda mais expressivos. O emprego com carteira registrou
crescimento de 8,2%, o que representa o acréscimo de 709
mil postos de trabalho formais.
Já o total de trabalhadores
sem carteira caiu 4,3% ante novembro de 2006 e 0,8% em relação a outubro.
Com o atual ritmo de expansão do emprego com carteira,
cresce a participação de empregados formais em relação ao total. A proporção de trabalhadores com carteira assinada subiu
de 41,4% no período de janeiro
a novembro de 2006 para
42,4% no mesmo intervalo de
2007. Entre janeiro a novembro de 2003, o percentual era
mais baixo ainda: 39,8%.
Considerando os funcionários públicos e militares, os empregados formais correspondiam a 50,6% do número de
pessoas ocupadas em novembro deste ano.
Numa tendência inversa, o
contingente de informais só faz
cair. O total de empregados
sem carteira assinada cedeu de
14,8% no período de janeiro a
novembro de 2006 para 14%
nos mesmos meses deste ano.
O percentual atingia 15,6% em
igual intervalo de 2003.
Segundo Fábio Romão, economista da LCA, a aceleração
do emprego formal é um dos pilares da atual fase de expansão
da economia. É que, diz, o trabalhador com carteira assinada
se sente mais confiante para
consumir e se endividar, pois
tem menor receio de ficar sem
emprego. Ele também tem renda e benefícios maiores -13º
salário e férias, por exemplo.
"Além disso, o empregado formal tem acesso mais fácil ao
crédito", diz Romão.
Para Cimar Azeredo Pereira,
gerente da Pesquisa Mensal de
Emprego do IBGE, está "longe
do ideal" a divisão de trabalhadores por forma de inserção no
mercado de trabalho no país. O
contingente de empregados
sem carteira e por conta própria, diz, ainda é muito elevado.
"Quase metade dos ocupados
ainda é informal. É um percentual muito alto", disse. Pereira
afirma, porém, que o aumento
da formalização observada neste ano já representa um avanço.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Luiz Carlos Mendonça de Barros: Hora dos profissionais Índice
|