São Paulo, sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

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Com expansão econômica, cresce parcela de trabalhadores com carteira assinada

DA SUCURSAL DO RIO

Na esteira da melhora do mercado de trabalho e do maior crescimento da economia, aumenta a formalização. Em novembro o número de trabalhadores com carteira assinada subiu 1,5% ante outubro. O percentual corresponde a 137 mil pessoas a mais empregadas formalmente. Ou seja, a maior parte dos que conseguiram um emprego em novembro (147 mil) ingressou no mercado protegidas pelas leis trabalhistas.
Na comparação com novembro de 2006, os resultados são ainda mais expressivos. O emprego com carteira registrou crescimento de 8,2%, o que representa o acréscimo de 709 mil postos de trabalho formais.
Já o total de trabalhadores sem carteira caiu 4,3% ante novembro de 2006 e 0,8% em relação a outubro.
Com o atual ritmo de expansão do emprego com carteira, cresce a participação de empregados formais em relação ao total. A proporção de trabalhadores com carteira assinada subiu de 41,4% no período de janeiro a novembro de 2006 para 42,4% no mesmo intervalo de 2007. Entre janeiro a novembro de 2003, o percentual era mais baixo ainda: 39,8%.
Considerando os funcionários públicos e militares, os empregados formais correspondiam a 50,6% do número de pessoas ocupadas em novembro deste ano.
Numa tendência inversa, o contingente de informais só faz cair. O total de empregados sem carteira assinada cedeu de 14,8% no período de janeiro a novembro de 2006 para 14% nos mesmos meses deste ano. O percentual atingia 15,6% em igual intervalo de 2003.
Segundo Fábio Romão, economista da LCA, a aceleração do emprego formal é um dos pilares da atual fase de expansão da economia. É que, diz, o trabalhador com carteira assinada se sente mais confiante para consumir e se endividar, pois tem menor receio de ficar sem emprego. Ele também tem renda e benefícios maiores -13º salário e férias, por exemplo. "Além disso, o empregado formal tem acesso mais fácil ao crédito", diz Romão.
Para Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, está "longe do ideal" a divisão de trabalhadores por forma de inserção no mercado de trabalho no país. O contingente de empregados sem carteira e por conta própria, diz, ainda é muito elevado.
"Quase metade dos ocupados ainda é informal. É um percentual muito alto", disse. Pereira afirma, porém, que o aumento da formalização observada neste ano já representa um avanço.


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