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Moody's acena elevar nota de empresas na América Latina
DA BLOOMBERG
As empresas latino-americanas avaliadas pela agência
Moody's Investors Service poderão ter suas notas de crédito
elevadas no ano que vem, o que
sinaliza que elas estão mais
bem preparadas para suportar
uma desaceleração na economia dos Estados Unidos, segundo a agência.
Quatro de cada cinco empresas da América Latina avaliadas
pela Moody's têm baixa exposição "direta" à economia ou aos
mercados dos EUA, o que sugere que os esforços para reduzir
as dívidas e diversificar a base
de exportações funcionaram,
escreveu em relatório divulgado ontem Alexander Carpenter, analista da Moody's em São
Paulo. Se o crescimento econômico mundial ficar abaixo de
sua média de longo prazo em
2008, "a oscilação nas classificações poderá ser ligeiramente
negativa", disse ele.
"A pesquisa da Moody's sugere que a qualidade do crédito
das emissoras latino-americanas poderá depender menos da
saúde da economia norte-americana do que se supõe normalmente", informou o relatório.
Cerca de 83% das empresas
classificadas pela Moody's dispõem de dinheiro suficiente
para resistir a um período de
condições de crédito adversas.
"Essas exposições administráveis devem permitir que as
classificações de crédito e a
qualidade do crédito das empresas da América Latina apresentem uma alta generalizada
em 2008, mesmo que a economia dos EUA desacelere", escreveu Carpenter.
Os efeitos colaterais adversos
registrados desde julho passado nos mercados de crédito, devido aos prejuízos gerados por
valores vinculados a empréstimos imobiliários de alto risco
[subprime] dos EUA, reduziram o acesso a recursos para as
empresas da América Latina.
Mesmo assim, a Moody's elevou a classificação e as perspectivas de crédito de 15 empresas
da região desde então -e reduziu as notas de seis. As empresas mexicanas são as mais vulneráveis, diz Carpenter.
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