São Paulo, sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

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FGTS vai investir R$ 17 bilhões em 2008

Conselho Curador aprovou ontem novo aporte de R$ 5 bi para o próximo ano

Serão investidos R$ 3 bi em habitação popular, R$ 1,45 bi em saneamento básico e R$ 550 mi em obras de infra-estrutura

DA SUCURSAL DO RIO

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou ontem o aporte de R$ 5 bilhões para orçamento de 2008, que chegará a R$ 17 bilhões, o maior da história do fundo. Os recursos vêm do patrimônio do FGTS, de R$ 190 bilhões.
O montante será destinado a investimentos em habitação popular (R$ 3 bilhões), saneamento básico (R$ 1,45 bilhão) e obras de infra-estrutura viária (R$ 550 milhões).
"É um aumento de mais de 50% sobre o total de investimentos de 2007, que somam R$ 10,6 bilhões", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que presidiu a reunião do conselho.
O FGTS destinará R$ 8,4 bilhões a operações de crédito para a compra de imóveis, de até R$ 130 mil, por famílias com renda mensal de até R$ 4.900, com juros de 8,16% ao ano mais a Taxa Referencial.
A nova linha de financiamento criada para a compra de unidades de R$ 350 mil por cotistas, chamada Pró-cotista, receberá R$ 1 bilhão e terá juros de 8,66% ao ano mais a TR.
O conselho também aprovou o regulamento do Fundo de Investimentos do FGTS, que investirá R$ 5 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), destinados a energia, rodovias, hidrovias, ferrovias, saneamento etc.
Depois da publicação do regulamento no "Diário Oficial", o fundo será encaminhado para registro da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e deve começar a operar em janeiro.
"Daqui a dois anos, pretendemos vender cotas do fundo para os trabalhadores, nos moldes das ofertas de ações da Vale e da Petrobras, com o uso dos recursos do FGTS", informou Paulo Furtado, secretário-executivo do Conselho Curador.
Os trabalhadores poderão investir até 10% do saldo do FGTS, com previsão de rendimento de 5,5% ao ano -as contas rendem 3% mais TR.
O Fundo de Investimento será administrado pela Caixa Econômica Federal, que se compromete a cumprir rentabilidade de 6% ao ano mais TR.
O comitê de investimentos do fundo limitou a alocação dos recursos a 30% por setor, para evitar concentração. Também determinou que o investimento precisa ter a classificação de baixo risco por uma agência registrada na CVM.


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