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FGTS vai investir R$ 17 bilhões em 2008
Conselho Curador aprovou ontem novo aporte de R$ 5 bi para o próximo ano
Serão investidos R$ 3 bi em habitação popular, R$ 1,45 bi em saneamento básico e R$ 550 mi em
obras de infra-estrutura
DA SUCURSAL DO RIO
O Conselho Curador do
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) aprovou ontem o aporte de R$ 5 bilhões
para orçamento de 2008, que
chegará a R$ 17 bilhões, o maior
da história do fundo. Os recursos vêm do patrimônio do
FGTS, de R$ 190 bilhões.
O montante será destinado a
investimentos em habitação
popular (R$ 3 bilhões), saneamento básico (R$ 1,45 bilhão) e
obras de infra-estrutura viária
(R$ 550 milhões).
"É um aumento de mais de
50% sobre o total de investimentos de 2007, que somam
R$ 10,6 bilhões", disse o ministro do Trabalho e Emprego,
Carlos Lupi, que presidiu a reunião do conselho.
O FGTS destinará R$ 8,4 bilhões a operações de crédito
para a compra de imóveis, de
até R$ 130 mil, por famílias
com renda mensal de até R$
4.900, com juros de 8,16% ao
ano mais a Taxa Referencial.
A nova linha de financiamento criada para a compra de unidades de R$ 350 mil por cotistas, chamada Pró-cotista, receberá R$ 1 bilhão e terá juros de
8,66% ao ano mais a TR.
O conselho também aprovou
o regulamento do Fundo de Investimentos do FGTS, que investirá R$ 5 bilhões em obras
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), destinados a energia, rodovias, hidrovias, ferrovias, saneamento etc.
Depois da publicação do regulamento no "Diário Oficial",
o fundo será encaminhado para
registro da CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) e deve começar a operar em janeiro.
"Daqui a dois anos, pretendemos vender cotas do fundo para os trabalhadores, nos moldes
das ofertas de ações da Vale e da
Petrobras, com o uso dos recursos do FGTS", informou Paulo
Furtado, secretário-executivo
do Conselho Curador.
Os trabalhadores poderão investir até 10% do saldo do
FGTS, com previsão de rendimento de 5,5% ao ano -as contas rendem 3% mais TR.
O Fundo de Investimento será administrado pela Caixa
Econômica Federal, que se
compromete a cumprir rentabilidade de 6% ao ano mais TR.
O comitê de investimentos
do fundo limitou a alocação dos
recursos a 30% por setor, para
evitar concentração. Também
determinou que o investimento precisa ter a classificação de
baixo risco por uma agência registrada na CVM.
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