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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Fundo Amazônia vai fazer campanhas no exterior
O Fundo Amazônia, que entra em sua fase operacional, recebeu mais uma doação, desta
vez da Alemanha. O fundo fará
um "road show" (uma apresentação para vender o projeto)
em meados do ano que vem,
com uma grande campanha na
mídia, inclusive TV, na Europa
e nos Estados Unidos, para levantar recursos.
O valor doado pelos alemães,
18 milhões, é baixo, reconhece Sérgio Weguelin, diretor do
BNDES, o banco que gere o
fundo. Pelos contatos feitos,
Weguelin afirma, porém, acreditar que mais recursos ainda
poderão vir da Alemanha.
A parceria com a Noruega,
que já havia aportado recursos,
foi elogiada pelo presidente Barack Obama como a maneira
mais eficiente em termos de
custos para lidar com as mudanças climáticas.
Os noruegueses se comprometeram a doar US$ 1 bilhão
até 2015 para o Fundo Amazônia, que financia ações de monitoramento e combate ao desmatamento. A contrapartida é
a comprovação por parte do governo brasileiro de que o desflorestamento está em queda.
O Fundo tem cinco projetos
em sua lista de financiamento,
que totalizam investimentos de
cerca de R$ 70 milhões. Outros
60 projetos já estão na fila, em
fase de análise pelo banco, segundo Weguelin.
"Queríamos que o fundo já
estivesse operando para vir para fora e mostrar os resultados", disse em Copenhague. "O
Fundo Amazônia será um
exemplo, ainda mais depois da
citação de Obama."
"Vários países europeus vão
querer se associar", afirmou.
"Nós vamos levar para a Europa e para os Estados Unidos a
expertise brasileira no monitoramento, pelo Inpe, na análise
de projetos, na descoberta do
valor da floresta, como nos fitoterápicos e no uso do açaí e da
castanha."
"É uma nova economia que
surge. A COP aqui em Copenhague deu uma visibilidade
muito grande. Acho que vamos
colher os frutos."
"Vamos levar a
expertise brasileira no
monitoramento das
florestas e na análise
de projetos"
SÉRGIO WEGUELIN, diretor do BNDES
EDUCAÇÃO EM ALTA
Ao completar dez anos dos cursos de graduação, o Insper
Instituto de Ensino e Pesquisa (ex-Ibmec) começa a se expandir, com a construção de mais duas salas do modelo
Harvard, para cem alunos. A ampliação permitirá o aumento em 50% da oferta de vagas no vestibular de 2010 para os
cursos de administração e economia. Uma segunda torre
do campus na Vila Olímpia também será erguida. O investimento total é de R$ 45 milhões. "Tem potência a demanda
por qualidade na educação. A procura de quem só quer o
diploma é limitada. A maioria busca adquirir competências
para o mercado de trabalho", diz Claudio Haddad, diretor-presidente do Insper, ex-diretor do Banco Central e ex-Banco Garantia. Haddad via que bancos contratavam mais
egressos da Poli e do ITA. "Não queria que nossos alunos
perdessem para eles. Por isso, fazemos questão de uma base quantitativa boa e do período integral."
CAMPO HI-TECH
O uso de internet no campo
subiu 63% nos últimos quatro
anos, atingindo 39% dos agricultores, segundo estudo da
Kleffmann Brasil, especializada em pesquisas para o agronegócio. O destaque são os produtores de grãos, que ampliaram o
acesso à rede em 77% no período. O uso particular, a consulta
às condições climáticas, a busca
de informação técnica e a cotação de preços são os principais
motivos para o acesso.
MARÉ 1
Das 22 cidades brasileiras visitadas por cruzeiros marítimos na temporada de outubro
a maio, 11 estão no Sudeste, segundo a Abremar (Associação
Brasileira dos Representantes
de Empresas Marítimas). Entre as que terão aumento de
cruzeiristas sobre a temporada
anterior, estão: Ilhabela (35%),
Santos (24%), Ubatuba (100%),
Angra dos Reis (87%), Rio
(67%) e Vitória (231%).
MARÉ 2
Com os gastos dos cruzeiristas, o faturamento dos setores
de alimentação e serviços das
cidades sobe até 40%. "O Sudeste é o maior polo emissor, e
São Paulo responde por cerca
de 50% do mercado nacional",
diz o presidente da entidade,
Ricardo Amaral.
BARRA LIMPA
A regularização de dívidas
cresce, em média, 30% no final
do ano no Banco do Brasil. O
13º salário, as gratificações, as
férias e a restituição do IR ajudam no esforço por limpar o
nome. Sem contar a vontade de
voltar a comprar a prazo.
EXPANSÃO DE MARCAS
Nem a crise financeira
foi capaz de segurar a expansão das franquias no
país. A expectativa da
ABF (associação do setor)
é faturar R$ 63 bilhões
neste ano -15% mais que
em 2008. Para alocar esse
crescimento, um acordo
da ABF com a Apas (Associação Paulista de Supermercados) irá fortalecer a
entrada de franquias nos
supermercados, principalmente no interior. "Há cidades em que o supermercado é o principal
centro comercial", diz Ricardo Bomeny, presidente
da ABF. O sucesso do setor, diz ele, é que "a franquia é um negócio seguro,
com investimento de baixo risco". O Brasil é o 5º
maior país em número de
marcas que aderiram ao
sistema de franquias.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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