São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

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Bovespa sobe 3,41% com menos tensão no exterior

Ação de bancos se destaca; dólar recua para R$ 2,352

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa ontem se recuperou da queda do pregão anterior e voltou a computar valorização, de 2,64%, em 2009. Com uma arrancada na última hora, a Bolsa de São Paulo encerrou o dia com alta de 3,41%.
O mesmo ocorreu em Wall Street. O índice Dow Jones terminou com alta de 3,51%, perto da máxima de ontem.
A Bolsa de Londres fechou antes da melhora do mercado e registrou baixa de 0,77%.
Ontem, após o fechamento dos mercados, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou corte de um ponto percentual na taxa básica Selic, que desceu a 12,75% anuais. A decisão deve motivar ajustes no mercado futuro de juros hoje, além de trazer alguma animação à Bolsa.
As ações do setor bancário se recuperaram. Em Wall Street, houve altas expressivas: Citigroup disparou 31,07%; Bank of America ganhou 30,98%; e JPMorgan Chase, 25,10%.
A fabricante de equipamentos para telecomunicações Ericsson e a IBM divulgaram lucro trimestral e perspectiva de lucro para 2009 acima das expectativas. A Apple relatou lucro trimestral de US$ 1,61 bilhão -US$ 1,78 por ação. Analistas esperavam lucro por ação de US$ 1,40.
Em outra frente, o banco francês Société Générale peviu que terá lucro nos resultados de 2008. Simultaneamente, o Northern Trust divulgava que seu lucro dobrou e o PNC Financial Services previu perdas menores do que as esperadas pelo mercado nos EUA.

Também no Brasil
Na Bovespa, o segmento financeiro também teve alta. As ações preferenciais do Bradesco subiram 4,87%, seguidas por Itaú PN, com 3,35%, e Banco do Brasil ON, com 2,23%.
A recuperação do petróleo no mercado internacional favoreceu as ações da Petrobras, que estiveram entre as maiores altas de ontem. Os papéis da petrolífera se apreciaram 5,20% (PN) e 5,68% (ON).
Rumores de que a Opep planeja um novo corte em sua produção ajudaram a elevar os preços do petróleo no exterior.
O mercado menos tenso permitiu que o real voltasse a ganhar valor diante do dólar. Ontem a moeda norte-americana encerrou negociada a R$ 2,352, com depreciação de 0,84%.
A intervenção do Banco Central no mercado se concentrou na venda de US$ 1,85 bilhão em contratos de "swap cambial" (títulos que rendem a variação da moeda). Esses contratos foram destinados à rolagem de parte de títulos que vencem no início de fevereiro.
No mês, o dólar registra 0,77% de alta ante o real. O que ajuda a explicar essa resistência para o dólar recuar são os números do fluxo de recursos para o país. O BC divulgou ontem que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,19 bilhões até o último dia 16.


Com a Reuters


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