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Bovespa sobe 3,41% com menos tensão no exterior
Ação de bancos se destaca; dólar recua para R$ 2,352
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa ontem se recuperou da queda do pregão anterior e voltou a computar valorização, de 2,64%, em 2009. Com
uma arrancada na última hora,
a Bolsa de São Paulo encerrou o
dia com alta de 3,41%.
O mesmo ocorreu em Wall
Street. O índice Dow Jones terminou com alta de 3,51%, perto
da máxima de ontem.
A Bolsa de Londres fechou
antes da melhora do mercado e
registrou baixa de 0,77%.
Ontem, após o fechamento
dos mercados, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou corte de um ponto percentual na taxa básica Selic, que
desceu a 12,75% anuais. A decisão deve motivar ajustes no
mercado futuro de juros hoje,
além de trazer alguma animação à Bolsa.
As ações do setor bancário se
recuperaram. Em Wall Street,
houve altas expressivas: Citigroup disparou 31,07%; Bank of
America ganhou 30,98%; e
JPMorgan Chase, 25,10%.
A fabricante de equipamentos para telecomunicações
Ericsson e a IBM divulgaram
lucro trimestral e perspectiva
de lucro para 2009 acima das
expectativas. A Apple relatou
lucro trimestral de US$ 1,61 bilhão -US$ 1,78 por ação. Analistas esperavam lucro por ação
de US$ 1,40.
Em outra frente, o banco
francês Société Générale peviu
que terá lucro nos resultados
de 2008. Simultaneamente, o
Northern Trust divulgava que
seu lucro dobrou e o PNC Financial Services previu perdas
menores do que as esperadas
pelo mercado nos EUA.
Também no Brasil
Na Bovespa, o segmento financeiro também teve alta. As
ações preferenciais do Bradesco subiram 4,87%, seguidas por
Itaú PN, com 3,35%, e Banco do
Brasil ON, com 2,23%.
A recuperação do petróleo no
mercado internacional favoreceu as ações da Petrobras, que
estiveram entre as maiores altas de ontem. Os papéis da petrolífera se apreciaram 5,20%
(PN) e 5,68% (ON).
Rumores de que a Opep planeja um novo corte em sua produção ajudaram a elevar os preços do petróleo no exterior.
O mercado menos tenso permitiu que o real voltasse a ganhar valor diante do dólar. Ontem a moeda norte-americana
encerrou negociada a R$ 2,352,
com depreciação de 0,84%.
A intervenção do Banco Central no mercado se concentrou
na venda de US$ 1,85 bilhão em
contratos de "swap cambial"
(títulos que rendem a variação
da moeda). Esses contratos foram destinados à rolagem de
parte de títulos que vencem no
início de fevereiro.
No mês, o dólar registra
0,77% de alta ante o real. O que
ajuda a explicar essa resistência
para o dólar recuar são os números do fluxo de recursos para o país. O BC divulgou ontem
que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,19 bilhões até o
último dia 16.
Com a Reuters
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