EFEITO CRISE
A crise econômica chegou também aos preços da terra, mas com pouca intensidade. O preço médio do hectare, que era negociado a R$ 4.341 no bimestre setembro-outubro, recuou para R$ 4.330 em novembro-dezembro, 0,25% menos.

SAÍDA DO MERCADO
Os dados são da AgraFNP, que atribui esse recuo à saída de compradores do mercado, principalmente de imóveis rurais voltados à agroenergia. A crise de liquidez já se instalou nesse mercado, afirma Jacqueline Bierhals, analista do mercado de terras e gerente de agroenergia da AgraFNP.

AINDA SE SUSTENTAM
Apesar desse recuo, os preços atuais de terra superam em 41% os de há 36 meses (alta real de 6%) e em 8,3% os de há 12 meses (queda real de 0,8%). A maior valorização ocorreu no Centro-Oeste, onde os preços subiram 46% em 36 meses. No Sul, a alta foi de 43%.

PREJUÍZOS
Com as recentes chuvas, o cenário da agricultura até melhorou, mas é hora de verificar prejuízos. Na região de Cândido Mota (SP), muitos produtores vão colher de 40 a 50 sacas de soja por alqueire, contra uma média histórica de 110 a 120. No caso do milho, a produção recua ainda mais: de 250 a 300 sacas para 100.

PERDEM TODOS
A forte quebra de safra não traz prejuízos apenas para produtores, mas reduz as atividades em toda a cadeia do agronegócio: transportes, agroquímicos e até cooperativas.

VOLUME MENOR
A Coopermota, que atua em uma dezena de cidades na região de Assis (SP), já se prepara para movimentar 25% menos soja do que o previsto. No caso do milho, a redução pode superar 50%.

ENERGIA RENOVÁVEL
Na próxima semana, surge mais uma agência internacional dedicada à defesa das energias renováveis: a Irena (International Renewable Energy Agency). Os objetivos são promover a adoção em larga escala dessas energias, diz a Unica.

EM QUEDA
Exportações menores, oferta maior e demanda interna retraída foram fatores decisivos para a queda nos preços da carne suína no mercado paulista. Com a arroba a R$ 61 no início de dezembro, os preços médios caíram para R$ 43 ontem.

RECUPERAÇÃO
Ontem foi um dia de reação nas commodities agrícolas, provocada por anunciadas quedas de produção em países da América do Sul. Em Chicago, a soja subiu 3% e o trigo, 4%. Já em Nova York, o café ficou 2,3% mais caro.


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