São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

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Grandes obtêm financiamento mais barato

DA REPORTAGEM LOCAL

Buscar formas alternativas ao tradicional crédito bancário tem sido a tônica das grandes empresas brasileiras pelo menos nos últimos dois anos.
O mercado de capitais doméstico tem sido o grande destino dessa demanda por financiamento alternativo.
Nos últimos anos, o mercado de capitais, em suas diferentes faces, tem demonstrado uma expansão acelerada, batendo recordes de ofertas de ativos.
Em 2006, o mercado somou, considerando todas as suas modalidades, sendo as principais debêntures e ações, ofertas que chegaram a R$ 124,96 bilhões -cifra 75% superior ao resultado de 2005, que já era um recorde histórico.
Neste ano, entre ofertas registradas e em análise, o montante já alcança R$ 16,47 bilhões, valor superior, por exemplo, ao registrado em todo o ano de 2003 (R$ 12,92 bilhões). Os dados são da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
"Mesmo com todo o crescimento recente, entendo que esse processo ainda está em uma fase embrionária, tendo muito espaço para se desenvolver", diz Alex Agostini, economista da consultoria Austin Rating.
A emissão de debêntures segue como a principal forma encontrada pelas empresas para levantar recursos no mercado.
No ano passado, as debêntures responderam por 56% do total captado. Em segundo lugar ficaram as ações, com 21,5% de participação.

Dívida
As debêntures são títulos que representam uma dívida da empresa. Ao emiti-las, a empresa se compromete a resgatá-la em determinado período e paga uma taxa de juros -que, no caso de uma grande companhia, acaba por sair, em muitos casos, mais barato do que captar diretamente em um banco.
As empresas também têm descoberto outras formas de captação dentro do mercado de capitais. Quem tem crescido consideravelmente são os FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório), que foram responsáveis por R$ 12,78 bilhões captados em 2006.
Os FIDCs são formados a partir de créditos futuros que uma empresa tem direito a receber e repassa a investidores. Esses fundos também pagam taxas de juros para quem aplica neles.
"O mercado de capitais tem mostrado uma grande capacidade de desenvolver novos produtos, acolhendo essa demanda crescente. O FIDC, por exemplo, tem sido muito procurado", diz Agostini. (MB E FV)


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