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Grandes obtêm financiamento mais barato
DA REPORTAGEM LOCAL
Buscar formas alternativas
ao tradicional crédito bancário tem sido a tônica das
grandes empresas brasileiras
pelo menos nos últimos dois
anos.
O mercado de capitais doméstico tem sido o grande
destino dessa demanda por
financiamento alternativo.
Nos últimos anos, o mercado de capitais, em suas diferentes faces, tem demonstrado uma expansão acelerada, batendo recordes de ofertas de ativos.
Em 2006, o mercado somou, considerando todas as
suas modalidades, sendo as
principais debêntures e
ações, ofertas que chegaram
a R$ 124,96 bilhões -cifra
75% superior ao resultado de
2005, que já era um recorde
histórico.
Neste ano, entre ofertas
registradas e em análise, o
montante já alcança R$ 16,47
bilhões, valor superior, por
exemplo, ao registrado em
todo o ano de 2003 (R$ 12,92
bilhões). Os dados são da
CVM (Comissão de Valores
Mobiliários).
"Mesmo com todo o crescimento recente, entendo
que esse processo ainda está
em uma fase embrionária,
tendo muito espaço para se
desenvolver", diz Alex Agostini, economista da consultoria Austin Rating.
A emissão de debêntures
segue como a principal forma encontrada pelas empresas para levantar recursos no
mercado.
No ano passado, as debêntures responderam por 56%
do total captado. Em segundo lugar ficaram as ações,
com 21,5% de participação.
Dívida
As debêntures são títulos
que representam uma dívida
da empresa. Ao emiti-las, a
empresa se compromete a
resgatá-la em determinado
período e paga uma taxa de
juros -que, no caso de uma
grande companhia, acaba
por sair, em muitos casos,
mais barato do que captar diretamente em um banco.
As empresas também têm
descoberto outras formas de
captação dentro do mercado
de capitais. Quem tem crescido consideravelmente são
os FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório), que foram responsáveis
por R$ 12,78 bilhões captados em 2006.
Os FIDCs são formados a
partir de créditos futuros
que uma empresa tem direito a receber e repassa a investidores. Esses fundos
também pagam taxas de juros para quem aplica neles.
"O mercado de capitais
tem mostrado uma grande
capacidade de desenvolver
novos produtos, acolhendo
essa demanda crescente. O
FIDC, por exemplo, tem sido
muito procurado", diz Agostini.
(MB E FV)
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