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Dívida federal começa 2008 em retração
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A dívida do governo federal começou o ano em queda.
Se considerados os títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional no mercado interno e
no exterior, o endividamento
total chegou a R$ 1,311 trilhão no final do mês passado,
R$ 22 bilhões a menos do
que o saldo apurado em dezembro de 2007.
A queda se deve, principalmente, à grande concentração de vencimentos da dívida
que ocorre no início de cada
trimestre. Só em janeiro, foram resgatados títulos no valor de R$ 36,2 bilhões. Normalmente, o Tesouro aumenta o volume de emissões
de títulos públicos ao longo
dos três meses que antecedem esse grande vencimento. Quando chega a data do
resgate, a dívida cai.
"Essa concentração de
vencimentos está em linha
com o planejado para o ano.
Não houve surpresas", disse
Guilherme Pedras, coordenador das operações com dívida pública do Tesouro.
O volume de resgates de títulos públicos serviu para
compensar os R$ 13,797 bilhões em juros que incidiram
sobre a dívida do governo federal ao longo de janeiro.
A maioria dos títulos resgatados era de prefixados, o
que significou uma queda na
participação desse tipo de
papel na dívida total -o peso
desses títulos passou de
35,1% a 32,9% entre dezembro e janeiro.
O Tesouro vem tentando,
nos últimos anos, aumentar
a participação dos títulos
prefixados na dívida, sob o
argumento de que há mais
segurança para o governo. Os
juros pagos por esses títulos
são definidos no momento
da emissão -não se alteram
segundo os juros praticados
no mercado, como ocorre
com outros papéis.
Também entre dezembro
e janeiro, o peso dos títulos
corrigidos pela taxa Selic
-que hoje está em 11,25% ao
ano- subiu, de 24,1% para
25% do total. A participação
dos papéis atrelados a índices de preços -IPCA e IGP-M, principalmente- passou
de 24,1% para 25,0%.
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