São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

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Dívida federal começa 2008 em retração

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A dívida do governo federal começou o ano em queda. Se considerados os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional no mercado interno e no exterior, o endividamento total chegou a R$ 1,311 trilhão no final do mês passado, R$ 22 bilhões a menos do que o saldo apurado em dezembro de 2007.
A queda se deve, principalmente, à grande concentração de vencimentos da dívida que ocorre no início de cada trimestre. Só em janeiro, foram resgatados títulos no valor de R$ 36,2 bilhões. Normalmente, o Tesouro aumenta o volume de emissões de títulos públicos ao longo dos três meses que antecedem esse grande vencimento. Quando chega a data do resgate, a dívida cai.
"Essa concentração de vencimentos está em linha com o planejado para o ano. Não houve surpresas", disse Guilherme Pedras, coordenador das operações com dívida pública do Tesouro.
O volume de resgates de títulos públicos serviu para compensar os R$ 13,797 bilhões em juros que incidiram sobre a dívida do governo federal ao longo de janeiro.
A maioria dos títulos resgatados era de prefixados, o que significou uma queda na participação desse tipo de papel na dívida total -o peso desses títulos passou de 35,1% a 32,9% entre dezembro e janeiro.
O Tesouro vem tentando, nos últimos anos, aumentar a participação dos títulos prefixados na dívida, sob o argumento de que há mais segurança para o governo. Os juros pagos por esses títulos são definidos no momento da emissão -não se alteram segundo os juros praticados no mercado, como ocorre com outros papéis.
Também entre dezembro e janeiro, o peso dos títulos corrigidos pela taxa Selic -que hoje está em 11,25% ao ano- subiu, de 24,1% para 25% do total. A participação dos papéis atrelados a índices de preços -IPCA e IGP-M, principalmente- passou de 24,1% para 25,0%.


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