São Paulo, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agências recorrem a fundos para doação

DA ENVIADA A NASHVILLE

Para lidar com o aumento da demanda por alimentos no pós-crise, agências associadas à Feeding America tiveram de recorrer a fundos do pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões aprovado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 2009.
No Banco Alimentar da Segunda Colheita do Tennessee Central, em Nashville, a verba do pacote foi de US$ 650 mil, canalizados por meio de agências do poder estatal que foram agraciadas com os fundos.
"Isso nos ajudou a responder ao aumento da procura", disse à Folha Jaynee Day, diretora da agência. "Além do aumento da demanda, as doações caíram."
Segundo Day, antigos doadores agora procuram a ajuda do banco alimentar. "A face da fome nos EUA está mudando por causa da crise. Os núcleos familiares estão triplicando, com várias gerações em uma mesma casa, o que cria novas necessidades alimentares."
A agência, que atende a mais de 210 mil pessoas por ano, teve um aumento de 38% na procura nos últimos meses. "São novos clientes. Não é gente sem teto que vem recebendo comida há anos", afirmou Tasha Kennard, diretora de comunicação do banco. "Perdemos muitos empregos por aqui, especialmente no setor automotivo." A região testemunhou o fechamento recente de uma fábrica da GM.
O banco alimentar sobrevive hoje com 20% de alimentos doados e 80% comprados. Os produtos ficam estocados em um galpão de 7.000 m2 nos arredores da cidade, onde 363 centros de distribuição recolhem caixas de comida.
"Nunca retomaremos o nível de empregos pré-crise. Ou a demanda por alimentos vai continuar na alta atual ou vai aumentar mais um pouco", afirmou Day.


Texto Anterior: Crise aumenta fila por alimento nos EUA
Próximo Texto: Dinheiro: Refinaria de açúcar da Índia paga R$ 600 mi por usinas em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.