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Agências recorrem a fundos para doação
DA ENVIADA A NASHVILLE
Para lidar com o aumento da
demanda por alimentos no
pós-crise, agências associadas à
Feeding America tiveram de
recorrer a fundos do pacote de
estímulo econômico de US$
787 bilhões aprovado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 2009.
No Banco Alimentar da Segunda Colheita do Tennessee
Central, em Nashville, a verba
do pacote foi de US$ 650 mil,
canalizados por meio de agências do poder estatal que foram
agraciadas com os fundos.
"Isso nos ajudou a responder
ao aumento da procura", disse à
Folha Jaynee Day, diretora da
agência. "Além do aumento da
demanda, as doações caíram."
Segundo Day, antigos doadores agora procuram a ajuda do
banco alimentar. "A face da fome nos EUA está mudando por
causa da crise. Os núcleos familiares estão triplicando, com
várias gerações em uma mesma casa, o que cria novas necessidades alimentares."
A agência, que atende a mais
de 210 mil pessoas por ano, teve um aumento de 38% na procura nos últimos meses. "São
novos clientes. Não é gente
sem teto que vem recebendo
comida há anos", afirmou Tasha Kennard, diretora de comunicação do banco. "Perdemos
muitos empregos por aqui, especialmente no setor automotivo." A região testemunhou o
fechamento recente de uma fábrica da GM.
O banco alimentar sobrevive
hoje com 20% de alimentos
doados e 80% comprados. Os
produtos ficam estocados em
um galpão de 7.000 m2 nos arredores da cidade, onde 363
centros de distribuição recolhem caixas de comida.
"Nunca retomaremos o nível
de empregos pré-crise. Ou a
demanda por alimentos vai
continuar na alta atual ou vai
aumentar mais um pouco",
afirmou Day.
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