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Investimento tem
de dobrar para
atingir previsão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O BC projeta para este ano
uma alta no fluxo de investimentos e empréstimos externos, o que deve facilitar o equilíbrio das suas contas. Para o
órgão, a queda do risco-país e a
perspectiva de retomada do
crescimento devem ajudar o
Brasil a atrair mais capital.
Do lado do ingresso de investimentos diretos, a estimativa
para este ano passou de US$ 16
bilhões para US$ 18 bilhões. Os
números apurados até agora,
porém, ainda não justificam esse maior otimismo do BC.
Em fevereiro, empresas estrangeiras investiram US$ 859
milhões no Brasil. Neste mês,
segundo parcial fechada ontem, o fluxo estava em US$ 850
milhões. E, para que a projeção
do BC seja atingida, é preciso
que o país receba, em média,
US$ 1,5 bilhão em investimentos por mês -ao todo, entre janeiro e fevereiro, o ingresso foi
de US$ 2,362 bilhões.
O chefe do Departamento
Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que a expectativa de
mais investimentos estrangeiros diretos está baseada em
consultas feitas pelo órgão a
empresas instaladas no Brasil e
que já demonstraram intenção
em expandir sua produção.
Já o total de financiamentos
obtidos tanto pelo governo
quanto pelo setor privado no
mercado internacional deve ficar em US$ 21,9 bilhões em
2006 -antes, a estimativa feita
pelo BC era de US$ 19,2 bilhões.
Lopes diz que a maior procura por créditos externos se deve
à queda do risco-país, que serve de referência para os juros
dos financiamentos concedidos a empresas brasileiras.
Em fevereiro, os empréstimos obtidos pelo setor privado
e pelas empresas estatais no
mercado internacional somaram US$ 2,668 bilhões, o equivalente a 614% das parcelas do
endividamento externo que
venceram no período. Isso indica que não só os financiamentos antigos estão sendo refinanciados como novas dívidas estão sendo contraídas.
O maior endividamento das
empresas, por sua vez, está sendo compensado pela estratégia
do governo em resgatar, antecipadamente, parte de seus
compromissos (títulos).
O objetivo é reduzir a parcela
de sua dívida que vence no curto prazo, o que ajuda a diminuir a dependência do país ao
capital externo.
De modo geral, todos os indicadores das contas externas
brasileiras têm se mostrado positivos. Além do ingresso de investimentos e empréstimos, o
país apresenta também resultados positivos nas suas transações correntes -conta que inclui a balança comercial, a balança de serviços e as transferências unilaterais.
Turismo
Segundo BC, o gasto de brasileiros em viagem ao exterior registrou pequena recuperação e
chegou a US$ 435 milhões no
mês passado, contra US$ 397
milhões em janeiro. Dessa forma, diferentemente do que havia ocorrido no início do ano,
as despesas dos turistas brasileiros superaram, em US$ 76
milhões, os gastos de estrangeiros que visitaram o Brasil.
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