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Por ora, retração do comércio é efeito da crise
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
O estudo dos especialistas do
Banco Mundial minimiza o impacto até agora das medidas
protecionistas adotadas por
quase todos os países do G20.
"Por enquanto, essas medidas provavelmente tiveram
efeito apenas marginal no comércio. A aguda contração nos
volumes de comércio evidente
em meses recentes é uma consequência não de protecionismo mas de uma recessão global
e da disparada dos custos de financiamento para o comércio",
afirma o estudo do Bird.
As medidas abrangem um espectro amplo de países e características. O Banco Mundial diz
que apenas um terço delas é a
clássica elevação de tarifas.
Há o "Buy American" (compre produtos dos EUA), incluído no pacote de socorro editado por Obama e criticado pelo
Brasil. Que, porém, é acusado
pela China de excesso de burocracia para permitir a entrada
de brinquedos, mecanismo similar ao que a Argentina adota,
assim como a África do Sul acena com a sua versão do "Buy
American" -o "Buy African".
Um primeiro relatório da
OMC concluiu, como o Banco
Mundial, que é insignificante o
impacto até aqui das medidas.
Mas Edwini Kessie, um de seus
diretores, anunciou na semana
passada que "um novo relatório
deve sair até o fim do mês, com
um balanço das políticas que os
diferentes países adotaram, seja no contexto de seus pacotes
de estímulo à economia, seja
independentemente deles".
Só aí se terá uma dimensão
da "guerra comercial", se é mais
paranoia ou se é "devastadora"
mesmo.
(CR)
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